26 de novembro de 2024
Economia

Bolsa fecha estável e dólar cai à espera de pesquisas após ataque a Bolsonaro

Dólar. (Foto: Marcelo Fonseca/Folhapress)
Dólar. (Foto: Marcelo Fonseca/Folhapress)

A expectativa pela primeira pesquisa eleitoral que medirá o impacto do ataque à faca contra o candidato Jair Bolsonaro (PSL) nas intenções de voto deixou o mercado financeiro volátil nesta segunda-feira (10). Os dados serão divulgados pelo Datafolha ainda nesta segunda, durante o Jornal Nacional.

Bolsa e dólar alternaram entre perdas e ganhos durante todo o dia. O Ibovespa encerrou em alta de 0,03%, a 76.436 pontos. O dólar recuou 0,26%, a R$ 4,094.

Bolsonaro foi esfaqueado na quinta-feira (6) à tarde, enquanto fazia campanha em Juiz de Fora (MG), e está internado em São Paulo. De acordo com boletim divulgado pela equipe médica do Albert Einstein, o quadro do candidato permanece grave.

Para o economista-chefe da Rio Bravo, Evandro Buccini, o resultado da pesquisa Datafolha será influenciado pela proximidade com o evento e deve impulsionar o candidato do PSL, mas pondera em nota a clientes ser “difícil saber se ele [Bolsonaro] conseguirá manter esse novo patamar”.

“Ainda é bastante difícil conjecturar quais os ganhos (para Bolsonaro) e as perdas para os demais. Muito provavelmente as próximas pesquisas Datafolha e Ibope devem trazer muito ruído e não devem ser tomadas a valor de face”, escreveu a equipe da Guide.

Na manhã desta segunda, o banco BTG divulgou pesquisa telefônica de intenção de votos, realizada no final de semana, após o atentado. Bolsonaro alcançou 30% das intenções de voto, ante os 26% registrados há uma semana.

Ciro Gomes (PDT) aparece na segunda posição com 12% das indicações, mas empatado na margem de erro com Marina Silva (Rede), Fernando Haddad (PT) e Geraldo Alckmin (PSDB), os três com 8% da preferência dos eleitores.

Alvaro Dias (Podemos), Henrique Meirelles (MDB) e João Amoêdo (Novo) têm cada um 3% das intenções de voto.

O levantamento, registrado no TSE sob o número o BR-01522/2018, ouviu 2.000 eleitores. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, com confiança de 95%.

Desde quinta-feira (6), analistas vinham sugerindo que o aumento da exposição do candidato do PSL poderia consolidá-lo no segundo turno e diminuir as chances para candidatos à esquerda do espectro político, como Fernando Haddad, ainda a ser confirmado como o nome do PT na corrida presidencial, e Ciro Gomes.

Ambos são vistos como os menos comprometidos com reformas que o mercado financeiro considera fundamentais para a retomada da economia.

“Como o mercado mostrou no final da sessão de quinta-feira, a consolidação de Bolsonaro no segundo turno parece agradar investidores”, escreveu Alvaro Bandeira, economista-chefe da Modalmais.

No exterior, as principais moedas emergentes perderam força ante o dólar, reflexo de dados que apontam a recuperação sustentada da economia americana e também do receio com a escalada da guerra comercial entre Estados Unidos e China.

À exceção das Bolsas, porém, os principais índices acionários fecharam o dia em alta. (Folhapress) 

{nomultithumb}


Leia mais sobre: Economia