29 de novembro de 2024
Economia

BNDES registra queda de 3% no lucro líquido em 2017

Foto/Divulgação
Foto/Divulgação

O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) afirmou nesta quarta-feira (14) ter registrado lucro líquido de R$ 6,18 bilhões em 2017. O resultado é 3% inferior ao verificado em 2016: R$ 6,39 bilhões.

O desempenho foi influenciado principalmente pelas participações societárias, que cresceram 249,5% em 2017, o equivalente a R$ 8,56 bilhões. As perdas com investimentos caíram R$ 4,69 bilhões (88,2%). Também houve redução de R$ 2,45 bilhões (26,8%) da despesa com provisão para risco de crédito.

O ativo do Sistema BNDES totalizou R$ 867,52 bilhões em 31 de dezembro de 2017, uma queda de 1% (R$ 8,62 bilhões) em relação ao ano anterior. Já o patrimônio líquido do banco totalizou R$ 62,84 bilhões ao final do exercício de 2017, um crescimento de 13,9% (R$ 7,66 bilhões) em relação a 2016.

O produto da intermediação financeira alcançou R$ 14,97 bilhões em 2017, uma queda de 42,1% em relação a 2016, decorrente da redução da rentabilidade média da carteira de títulos e valores mobiliários e da redução do resultado com operações de crédito e repasses.

Em relação à carteira de crédito e repasses, o BNDES apresentou retração de 10,3% no ano passado, mas, segundo o banco, “a boa qualidade da carteira foi mantida, concentrando 95,8% das operações entre os níveis AA e C, considerados de baixo risco”. As informações são da Agência Brasil.

INADIMPLÊNCIA

Em dezembro de 2017, a inadimplência superior a 30 dias foi de 2,12% frente aos 2,81% em dezembro de 2016. No caso da inadimplência superior a 90 dias, o BNDES saiu de 2,43% em dezembro de 2016 para 2,08% em dezembro de 2017, mantendo-se abaixo da média dos bancos.

A carteira de participações societárias chegou a R$ 81,67 bilhões em dezembro de 2017, crescimento de 4,4% (R$ 3,42 bilhões) no ano, decorrente principalmente da valorização de R$ 9,118 bilhões da carteira de participações em sociedades não coligadas, especialmente dos investimentos na Vale e Petrobras.

No último dia de 2017, o Tesouro Nacional e o FAT (Fundo de Amparo do Trabalho), PIS (Programa de Integração Social) e o Pasep (Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público) representavam 48% e 32%, respectivamente, das fontes de recursos do BNDES.

A dívida com o Tesouro foi reduzida 5,4% (R$ 23,78 bilhões), em função do pagamento antecipado de R$ 50 bilhões. Também em 2017 foram liquidados antecipadamente R$ 9,29 bilhões de recursos do Fundo PIS/Pasep.


Leia mais sobre: Economia