O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) teve lucro de R$ 6,392 bilhões em 2016, alta de 3,1% em relação ao registrado no ano anterior.
De acordo com o banco, o aumento do lucro reflete a redução das perdas com suas participações acionárias, que saíram de R$ 5,405 bilhões em 2015 para R$ 3,341 bilhões em 2016.
Com o resultado, o banco provisionou R$ 1,518 bilhão para o pagamento de dividendos a seu acionista controlador, a União. O valor equivale ao valor mínimo obrigatório, ou 25% do lucro líquido após constituição de reserva legal.
Em janeiro, a nova gestão do BNDES mudou a política de distribuição de dividendos, limitando os repasses a 60% do lucro, com o objetivo de reforçar o caixa do banco após a devolução de R$ 100 bilhões ao Tesouro Nacional, feita no final do ano.
O BNDES terminou 2016 com R$ 876,137 bilhões em ativos, 5,9% menos do que no ano anterior. A queda foi provocada justamente pela devolução dos recursos e compensada pelo aumento do valor da carteira de participações, diante da melhora do mercado acionário no país.
Dados já divulgados pelo banco mostram que o desempenho operacional mostrou retração, acompanhando o cenário econômico nacional.
O valor dos desembolsos, R$ 88 bilhões, representou uma queda de 35% em relação a 2015. De acordo com o teto divulgado nesta sexta, tal volume de desembolsos é suficiente para gerar ou manter 1,334 milhão de empregos diretos e indiretos.
Inadimplência
No balanço divulgado nesta sexta (10), o banco aponta ainda um aumento na taxa de inadimplência superior a 30 dias, que passou de 0,06% da carteira em 2015 para 2,81% da carteira em 2016.
Já o índice de inadimplência de mais de 90 dias cresceu de 0,02% para 2,43%. O BNDES ressalta, porém, que são índices inferiores à média do Sistema Financeiro Nacional. (Folhapress)
Leia mais sobre: Economia