O BNDES prevê lançar no mês que vem chamada pública para contratar gestor de um fundo para emprestar dinheiro a start-ups. A previsão é que o fundo tenha R$ 200 milhões, informou nesta sexta (24) a diretora do banco Eliane Lustosa.
“Vamos investir em empresas de alto risco, baixa maturidade e grande potencial de inovação”, afirmou a executiva, após seminário sobre start-ups promovido pelo banco.
Segundo ela, ainda não está definida qual será a participação do banco no fundo. A ideia é buscar no mercado outros investidores dispostos a aplicar recursos, a exemplo de fundo para investimentos em energia renováveis, cujo gestor, a Vinci Partners, foi anunciado esta semana.
Neste caso, o banco entrará com, no máximo, metade dos R$ 500 milhões previstos para o fundo.
Lustosa explicou que o fundo para start-ups será do tipo “venture debt”, ou seja, vai comprar títulos de dívida de empresas de inovação em estágio inicial.
“A ideia não é só dar capital, é monitorar e se cercar de garantias de que os recursos vão para aqueles projetos”, disse ela. Durante o evento, a diretora do BNDES destacou que há dificuldades para um banco público financiar este tipo de projeto, diante da alta taxa de mortalidade de start-ups no país.
“Vimos hoje que, a cada 10 empresas, 8 morrem. Mas as duas que sobram podem dar retornos excelentes”, argumentou.
O evento desta sexta foi o primeiro de uma série que o banco quer promover para discutir maneiras de apoiar start-ups brasileiras. Geralmente, o apoio é feito por meio de investidores anjo ou aceleradoras em empresas.
O próprio banco tem uma iniciativa lançada em 2007, chamada fundo Criatec, que também investe em empresas de tecnologia em estágio inicial.
Com recursos do BNDES e do BNB, o fundo investiu em 36 start-ups. (Folhapress)
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