O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) não é especializado em “campeãs nacionais” -como eram conhecidas as companhias JBS, Oi e as empresas de Eike Batista- e não é babá de mau empresário, afirmou, nesta terça-feira (21), o presidente do banco de fomento, Paulo Rabello de Castro.
Ele participou de seminário realizado pela Acrefi (associação de instituições de crédito, financiamento e investimento) em São Paulo.
“O banco não deu suporte para nada de errado que campeã A ou B ou C fez, porque dinheiro não tem carimbo, e o banco não é babá de mau empresário ou empresário pouco ético”, afirmou.
Política de “campeãs nacionais” foi como ficou conhecida a iniciativa do banco e dos governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff de conceder empréstimos para empresas de setores estratégicos para transformá-las em multinacionais. Entre as empresas que se beneficiaram estão JBS, Marfrig, Oi e Fibria.
“O banco foi acompanhando corretamente as inversões que foram feitas por duas ou três dessas empresas que escorregaram na ética em seu comportamento, mas elas entregaram o produto do ponto de vista da aplicação dos recursos ao banco”, disse Rabello de Castro.
Ele também afirmou que, embora os desembolsos do banco tenham caído neste ano -20% até setembro-, o BNDES voltará a emprestar em 2018.
A estimativa do presidente do banco de fomento é que os desembolsos cheguem a R$ 100 bilhões no próximo ano, o que representaria um crescimento de cerca de 30%.
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