08 de agosto de 2024
Leandro Mazzini

Blecaute no Galeão tem suspeita de sabotagem

O governo e a Infraero trabalham sigilosamente na investigação e veem suspeita de sabotagem no blecaute de 1h nos terminais 1 e 2 do Aeroporto Internacional do Rio, o Galeão, na noite de Sexta da Paixão. Os aeroportuários estão insatisfeitos com as concessões e articulam cruzar os braços durante a Copa. Foram seis apagões em um ano. Os últimos dois grandes blecautes no Galeão foram causados por curto-circuito na subestação de energia, em novembro de 2013 e no Natal de 2012. Curiosamente o mesmo problema da última sexta.

Falha humana

Dia 27 de dezembro de 2012, um dia após um grande blecaute no Galeão, a presidente Dilma apontou falha humana como causa do apagão nos terminais.

Falta muito

Último aeroporto concedido, com contrato assinado dia 2 de Abril, o Galeão dá mostras de que o consórcio Odebrecht-Changi Airports terá muito trabalho pela frente.

Atrasos

O blecaute de sexta mostrou que o Galeão não tem gerador compatível. Atrasou 11 voos e prejudicou centenas, reforçando nos terminais o bordão ‘Imagina na Copa’.

Caos no chão..

Independentemente do blecaute, o Galeão provou que, às vésperas da Copa da FIFA, uma das principais portas de entrada de estrangeiros está um caos: nos dois terminais, corredores do desembarque em obras, com tapumes e sem ar condicionado fraco. Goteiras, teto com fiações expostas e escadas rolantes quebradas completam o cenário.

..e no comando

Outra prova de caos no Galeão é o bate-cabeça da administração. Poucos dias de concessão, ninguém sabe quem manda no aeroporto. A Odebrecht-Changi e a Infraero são sócias, mas os funcionários da estatal estavam mais perdidos que passageiros.

Precedente

O grande interesse da iniciativa privada pelo Galeão indica que o aeroporto é uma mina de dinheiro, mas mal preservada. Em 2007, o então vice-governador do Rio, Luiz Pezão, revelou que grupo mexicano queria pagar R$ 600 milhões pelos terminais.

Crime eleitoral

Brasília amanheceu domingo com dezenas de faixas nos contornos e rotatórias de imagem e saudações do deputado federal Policarpo (PT-DF).

Jogo$..

Segundo o BNL, o País movimenta por ano R$ 11,1 bilhões em apostas legais e R$ 18,9 bilhões em clandestinas (jogo do Bicho, caça-níqueis e cassinos caseiros).

..no Brasil

Os dados para a Coluna são do especialista Magnho José, editor do Boletim de Notícias Lotéricas (BNL): estima-se que há 300 casas de jogos operando seis horas por dia, com média de 100 pessoas, em várias cidades do País.

Golpe & educação 

Na quinta (24), a Comissão de Educação da Câmara promove audiência sobre os reflexos do golpe militar na educação brasileira, com presença Emir Sader, Sadi Dal Rosso, Renato Rabelo (PCdoB), Moacir Gadotti e Marcos Guerra. 


Hum…

A oposição tem notícias de que ativos de US$ 4 bilhões da Petrobras na África foram vendidos a US$ 1,2 bilhão para um banqueiro brasileiro. Vale lembrar que a estatal se desfez dos negócios em sete países africanos para investir na exploração do pré-sal.

Silêncio complacente

O mistério petro-africano vem ao encontro do preâmbulo do depoimento da presidente da Petrobras, Graças Foster, no Senado. Foi logo avisando que não poderia falar de “ativos da Petrobras”. E ninguém tocou no assunto.


ACM redivivo

Odiado por muitos e venerado por outros tantos, o então senador Antonio Carlos Magalhães, nos idos de 2006, insistia com os pares, sem sucesso, para abrirem uma CPI da Petrobras. Tinha informações de que campanhas foram pagas com dinheiro desviado.

Memória

ACM pedia também, sem sucesso, que se abrissem as contas da petroleira: ‘É a oportunidade para se provar a ladroagem na maior empresa do Brasil’.

Ponto Final

Veja fotos e vídeos do caos no desembarque no Galeão no site da coluna.

______________________________

Com Luana Lopes e Equipe DF e SP


Leia mais sobre: Leandro Mazzini

Comentários

0 Comentários
Mais Votado
Mais Novo Mais Antigo
Opiniões Inline
Ver Todos os Comentários

Recomendado Para Você

Leandro Mazzini

Pizzolato na Papuda

Leandro Mazzini

A blindagem do juiz Sérgio Moro