Comemorado em 22 de março, o Dia Mundial da Água busca colocar em discussão assuntos importantes relacionados a esse recurso natural, como o uso da água para indústrias, agricultura e pecuária, de forma segura e sustentável. O biólogo e empresário João Pedro Cicatelli, responsável pela Ecoliv Soluções Ambientais, explica que é por meio da outorga que o uso legal e correto da água é feito, principalmente na zona rural e industrial.
“Toda água dentro do território brasileiro pertence à União. A outorga é uma permissão para o uso desse recurso, feita juntamente aos órgãos reguladores”, informa. Segundo o especialista, o papel do profissional é indispensável para garantir o uso responsável e sustentável da região em que o recurso será utilizado. Para isso, cada detalhe relacionado à região é certificado considerando a fauna, a flora e todas as questões que envolvem o bem-estar do meio ambiente.
O uso ilegal da água pode resultar em multas, notificações, embargos e cortes. Mas o maior prejuízo é visto no próprio ecossistema da região, que precisa ser avaliado com cautela.
João Pedro Cicatelli
Recurso escasso
Na mesma data, em 2023, o secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou que o recurso está se esgotando em função do “consumo excessivo vampírico e uso insustentável”. Na época, ele destacou que existe uma lacuna na gestão da água e os governos devem desenvolver e implementar planos para garantir o acesso equitativo ao recurso.
Segundo João Pedro Cicatelli, a água é um recurso renovável, o que significa que participa de um ciclo específico. Porém, ele informa que apenas 3% de todo o recurso hídrico é considerado potável, “o que reduz drasticamente as fontes às quais podemos ter acesso a essa água sem termos que realizar o tratamento dela”.
Em 2024, a data tem como foco o tema “Água para a Prosperidade e a Paz”, com mensagens da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) e da Comissão Econômica da ONU para a Europa (Unece). Conforme a Unesco, a gestão da água tem de ter em conta as novas realidades econômicas e sociais, incluindo as alterações climáticas e geopolíticas e as suas implicações nos recursos hídricos.
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