O Copom (Comitê de Política Monetária) decidiu manter a taxa básica de juros da economia em 6,50% em reunião encerrada nesta quarta-feira (20), na mínima histórica.
A decisão era esperada por 37 dos 38 economistas ouvidos pela agência de notícias Bloomberg.
Na última reunião, em maio, o comitê do Banco Central surpreendeu o mercado ao manter a taxa em 6,50% ao invés de reduzi-la, como amplamente esperado. À época, o BC explicou que o cenário externo se mostrava mais desafiador e apresentava volatilidade.
Desde então, o mercado doméstico sofreu com incertezas causadas pela surpresa do Copom e, em seguida, pela paralisação dos caminhoneiros.
As previsões de crescimento da economia neste ano, que há um mês ainda estavam acima de 2%, caíram para 1,76%, segundo estimativas coletadas pelo BC no Boletim Focus. O documento também projetou inflação mais alta, em 3,88%, ainda abaixo da meta de inflação de 4,5% ao ano.
No começo de junho, a disparada do dólar para perto de R$ 4 fez com que o mercado financeiro apostasse em uma alta de juros para conter a valorização da moeda. Os contratos de juros futuros negociados na B3 dispararam.
Como reação, o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, anunciou intervenção no mercado com a venda de contratos de swap cambial (equivalente à venda de dólar no mercado futuro) e acrescentou que não utilizaria política monetária para controlar o câmbio.
O dólar ronda o patamar de R$ 3,75 desde então. (Folhapress)
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