24 de novembro de 2024
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BC dos EUA projeta mais altas de juros em 2018

O sétimo aumento de juros do atual ciclo de aperto monetário ficou em segundo plano nesta quarta-feira (13) e foi substituído pela atenção ao que o banco central americano iria comunicar em suas projeções econômicas.

As entrelinhas do comunicado divulgado com a decisão de elevar os juros para a faixa entre 1,75% e 2% ao ano ganharam destaque dos analistas. Cada palavra foi esmiuçada.

A dúvida foi respondida pela sinalização de dois aumentos adicionais de juros até o fim deste ano – antes, a expectativa era de mais uma alta, na reunião de setembro. O motivo para a mudança foi uma economia mais forte e uma inflação que ganha fôlego no país.

Em relação ao comunicado de março, quando o Fed aumentou os juros pela primeira vez no ano, a atividade econômica passou a ser descrita como sólida, em vez de moderada.

A taxa de desemprego, que antes continuou baixa, agora declinou. Os gastos de famílias, que tinham moderado em relação ao quarto trimestre segundo o comunicado de março, agora aceleraram.

A análise, feita por Bruno Braizinha, da área de alocação global de ativos do banco Société Générale, também mostra que o comitê de política monetária do Fed avalia que aumentos graduais na meta das taxas de juros são consistentes com a expansão sustentada da atividade econômica. 

A alta dos juros já era dada como certa pelo mercado. Os dois mandatos do Fed são máximo emprego e estabilidade de preços – a meta de inflação é de 2% ao ano. O nível de desemprego nos Estados Unidos está em 3,8%, menor patamar desde abril de 2000.

Em maio, foram criadas 223 mil vagas de trabalho. Mas o Fed olha também para a possível pressão inflacionária gerada pelo aumento de salários. No mês passado, o crescimento foi de 0,3%, acima do previsto. 

Também em maio, o índice de preços ao consumidor teve o maior aumento anual em mais de seis anos. 

Nas projeções econômicas, além de sinalizar dois aumentos de juros neste ano e três em 2019, o Fed melhorou a perspectiva para o crescimento da economia americana em 2018: passou para 2,8%, ante 2,7% em março. 

Por outro lado, nenhuma linha foi dedicada às recentes turbulências que afetaram emergentes por causa do fortalecimento do dólar. (Folhapress)


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