O presidente do Banco do Brasil, Alexandre Corrêa Abreu, disse hoje (26), durante evento público no Rio de Janeiro, que financiará, em conjunto com outros bancos, os lances do leilão de hidrelétricas. O certame está previsto para a primeira semana de novembro.
“O recurso é muito grande. Para um banco só, fica pesado. Quando juntamos forças, conseguimos melhores condições. O formato ainda será definido, mas o certo é que será um pool de bancos”, afirmou.
O governo espera arrecadar cerca de R$17 bilhões. Serão oferecidas concessões de 29 hidrelétricas, divididas em cinco lotes. Os investidores também poderão apresentar propostas individuais para algumas hidrelétricas ou grupos de usinas em sublotes.
O leilão estava previsto inicialmente para ocorrer no dia 30 de outubro, mas a data foi alterada para atender orientações do Tribunal de Contas da União (TCU). O órgão de fiscalização sugeriu mudanças no texto original do leilão.
Para o presidente do banco, o financiamento é uma boa oportunidade para o setor bancário. “São 30 anos de recursos já contratados, ativo amortizado, sem risco de construção, 70% da energia já vendida para o governo e 30% para o mercado livre, o que melhora bastante a eficiência”, acrescentou Alexandre Abreu.
“Temos que aguardar quem ganhará a concessão. Tudo será definido no pós-leilão, mas já concluímos que é um bom negócio.”
Abreu informou ainda que, com a escassez de recursos prevista do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o Banco do Brasil deve ser mais atuante em investimentos no país.
“As soluções para o setor de investimento passam por soluções novas. Então, teremos muitas operações de mercados de capitais, das quais participamos ativamente, além de muitas operações de sindicatos de bancos. Não assumiremos a função do BNDES, mas desenvolveremos, com criatividade e junto com o mercado, outras alternativas para financiar o investimento do Brasil.”
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