23 de novembro de 2024
Cidades

Batalhão do terminal é marketing, diz deputado Major Araújo

Deputado Major Araújo (PRP) (Foto: Marcelo Kennedy / Alego)
Deputado Major Araújo (PRP) (Foto: Marcelo Kennedy / Alego)

 

 

O deputado estadual Major Araújo (PRP) criticou o Batalhão do Terminal por desfalcar outras áreas da segurança, devido ao pequeno quantitativo da Polícia Militar do Estado de Goiás (PM – GO). O deputado chamou o novo batalhão, lançado pelo governador José Eliton (PSDB) no dia 19 de abril, de “objeto de marketing”.

“O governo cria agora o Batalhão do terminal, mas pra isso desfalcou o interior, desfalcou as rodovias, desfalcou o batalhão ambiental. Apenas para resolver um problema e criar um objeto de marketing que é a questão dos terminais”, criticou.

“Só se fala dos terminais como se fossem o problema mais grave da segurança pública. O resultado é esse aí, Ipameri viveu hoje uma noite de terror”, apontou, se referindo a um grupo criminoso que explodiu agências na cidade do interior de Goiás na madrugada desta terça-feira (07).

Major Araújo afirmou que os novos policiais militares, convocados em setembro do ano passado, são insuficientes para suprir todo o estado. “Isso não é suficiente pra criar novos batalhões, novas frentes, como está a exigir a segurança de Goiás”, explicou.

O parlamentar também contestou o número de policiais – teriam sido 1800 e não 2500 como foi divulgado pelo governo. “Não foram nem chamados 2500. Dos 1800 só restam 1700, alguns já foram aprovados em outros concursos em virtude da remuneração que não é atrativa”, afirmou o major.

O deputado criticou ainda que os baixos salários dificultam a permanência dos profissionais na PM e assim os novos policiais servem apenas para substituir os que saíram da corporação.

O projeto de autoria do governo de Goiás que criou o cargo de Soldado de 3º classe, com salário de R$ 1500 reais, foi aprovado na Assembleia Legislativa de Goiás em abril de 2016. A justificativa do governo era de que para se contratar novos policiais, em momento de crise financeira, seria necessário reduzir salários.

Outra mudança foi em relação às promoções: antes os policiais poderiam ser promovidos com 5 anos de carreira, agora precisam de no mínimo 11 anos. Major Araújo e outros deputados de oposição ao governo votaram contra o projeto na época.

Resposta

O assessor de imprensa da PM, tenente coronel Marcelo Granja, respondeu que a maioria dos policiais que trabalham no Batalhão do Terminal o fazem em dia de folga, recebendo salário extra.

O comandante do Batalhão do Terminal, major Bessa, afirmou não estar autorizado a passar o número exato de policiais no batalhão, nem de informar de que forma estão trabalhando.

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