30 de dezembro de 2024
ELEIÇÕES MUNICIPAIS

Base governista vai comandar 80% da população goiana e R$ 19,5 bi, aponta jornal

Resultado mostra vantagem da base em termos de controle de cidades mais populosas, orçamentos maiores e mais eleitores
Eleição desse ano fortaleceu base governista - Foto: arquivo DG
Eleição desse ano fortaleceu base governista - Foto: arquivo DG

A base política em torno do governador Ronaldo Caiado e do partido dele, o União Brasil, vai comandar 80% da população goiana e controlar R$ 19,5 bilhões a partir de 2025, quando os 199 eleitos pela base governista tomarem posse. Os dados foram apurados pelo jornal O Popular no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e Tribunal de Contas dos Municípios (TCM-GO) e publicados neste sábado (2).

Os prefeitos filiados ao UB vão administrar 95 cidades goianas que somam receitas superiores a R$ 19 bilhões, abrigando 2,4 milhões de eleitores e 48% da população goiana. Na somatória dos valores de todos os prefeitos da base – que inclui, por exemplo, o MDB -, as receitas do grupo somam R$ 32,1 bilhões, com base nas previsões orçamentárias de 2024. Ou seja, o UB está com quase 60% do que é controlado por toda a base.

Leia também: Goiás é o 2º estado com prefeitos eleitos mais ricos; Média de R$ 4,5 mi de patrimônio

Maior legenda da oposição ao governo de Caiado, o PL está à frente de 26 cidades, dos quais cinco municípios com receita acima de R$ 200 milhões. Mas o principal deles, Anápolis, com quase 400 mil moradores e quase 300 mil eleitores, elegeu um prefeito com trânsito na base e amigo do vice-governador Daniel Vilela (MDB). É como Márcio Correa é visto em meio aos próprios bolsonaristas.

Base estará à frente de cidades com 80,7% da população goiana

Outro levantamento divulgado pelo jornal, na Coluna Giro, ilustra que 199 prefeitos da base de Caiado vão governar para 5,7 milhões de goianos, somando 4,5 milhões de eleitores. Ou seja, os partidos que orbitam o governo, estarão à frente de 80,7% da população do Estado e 81,3% do eleitorado goiano.

E os números podem variar para cima, considerando que ainda existem 11 casos de prefeitos que estão na oposição, especialmente no PL, mas têm bom relacionamento com o governador. Conforme fontes do próprio governo informaram ao jornal, seriam 2 do PSB, 2 do PRD e 7 do PL.


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