O Banco do Povo, Programa de Geração de Emprego e Renda do Estado de Goiás, tem como objetivo oferecer crédito para financiamento de negócios populares, para micro e pequenos investidores.
Em entrevista ao Diário de Goiás, o superintendente do Banco do Povo de Goiás, Danilo Viana Rabelo, informou que a instituição empresta não empresta dinheiro e sim, crédito, para quem busca abrir um pequeno negócio, com taxa de juros 0,25% ao mês, o que representa um total de 3% ao ano. Segundo ele, é a menor taxa do Brasil.
De acordo com Danilo Rabelo, o Banco do Povo é a porta de entrada para o “produtivismo”. “Procuramos aquelas pessoas que estão no fundo de quintal, elas podem abrir o seu negócio informalmente, apenas com o CPF. O crédito mínimo é R$ 500 e o máximo de R$ 15 mil. Para quem está iniciando e precisa de uma ajuda é um valor significativo”, disse o superintendente.
Atualmente, a iniciativa, que completa 18 anos neste mês, atende a aproximadamente 84% da população de Goiás, em 170 municípios. Em todo este período, já foram emprestados mais de R$ 200 milhões.
O foco do Banco do Povo é no micro e pequeno empreendedor. A instituição não exige comprovação de renda do interessado, mas exige um avalista. Segundo Danilo, o processo é muito acessível, sem burocracia e já beneficiou mais de 15 mil pessoas. Ainda de acordo com o superintendente, só no ano passado foram emprestados R$ 8 milhões. A taxa de inadimplência também é uma das menores do país, 7%.
Conforme a entrevista, Danilo informou que o Banco do Povo passou por uma reestruturação em setembro de 2016, com três pontos principais de mudança: legislação, nova instrução normativa para os funcionários e um conselho deliberativo.
A instituição trabalha com crédito assistido e em parceria com o Sebrae, em convênio com as prefeituras. “O lucro não é financeiro, é social. O foco é a quantidade de empreendedores atendidos por ano. Dispomos de um crédito retroalimentado de R$ 20 milhões e a projeção é de crescimento”, declarou Danilo.
De acordo com o superintendente, como o Estado é um polo de confecções, as máquinas de costura são os produtos mais financiados, juntamente com os insumos, como linhas e botões. “O Banco do Povo é uma mão amiga nesse momento de crise, estamos fazendo um trabalho intenso na Região da 44, identificando focos de grande importância, para atingirmos toda população que precisa de crédito”, afirmou ele.
Danilo Rabelo também destaca a importância do crédito rural. Os agricultores familiares com propriedades de até 10 alqueires, podem financiar máquinas, rações, semoventes, no entanto, devem comprovar a necessidade do financiamento.
Foi autorizado pelo governador de Goiás, Marconi Perillo, o financiamento de pequenas fachadas, além do Banco do Povo Universitário, executado em parceria com a Fapeg e o Universidade Federal de Goiás, que financia negócio de estudantes ou recém-formados, que somam atualmente cerca de 18 mil beneficiários.
“Nós trabalhamos para o banco ser mais moderno, inovar nas ações, mas temos um teto. A meta é expandir para todos os 246 municípios, sempre com foco no micro e pequeno, atender a 100% da população e ser referência nacional em micro crédito. Também reduzimos de 35 para 15 dias a concessão de crédito, mas a intenção é diminuir para 10 dias”, finalizou Danilo Rabelo.
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