O Banco Central (BC) publicou uma resolução determinando que instituições financeiras e de pagamento promovam ações de educação financeira aos clientes. Conforme publicado no Diário Oficial da União (DOU), na terça-feira (26), as regras começam a valer a partir do dia 1º de julho do ano que vem.
O objetivo da ação do Banco Central é que as empresas contribuam com a organização e planejamento orçamentário pessoal e familiar, formação de poupança e resiliência financeira, e com a prevenção à inadimplência de operações e ao superendividamento.
Segundo Carla Beni, economista e professora de MBA da Fundação Getúlio Vargas (FGV), a medida do Banco Central é importante, já que uma das funções do órgão é regular o sistema financeiro. “Como as instituições financeiras terão obrigação de fornecer informações e fazer acompanhamento, isso vai ser uma grande mudança importantíssima para saúde financeira das pessoas físicas e jurídicas”, diz.
De acordo com a economista, uma das grandes dificuldades na educação financeira é o cliente ter conhecimento sobre quanto está sendo cobrado. “Quanto mais educação financeira a pessoa tem, ela consegue saber a diferença entre uma taxa ao mês, uma taxa ao ano, o que é uma taxa de administração, por exemplo”, afirma.
Para isso, a medida do Banco Central deve fazer com que as instituições garantam o amplo alcance das ações e disponibilizem conteúdo e ferramentas adequadas para as características e necessidades de educação financeira dos clientes e usuários. Os bancos deverão, então, criar mecanismos de acompanhamento e controle, assegurando a implementação e efetividade das medidas.
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