Uma pesquisa divulgada na manhã desta quarta-feira (1°), pela Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg) e o Sebrae Goiás, mostra a escassez da mão obra na construção civil.
Elaborada pelo Instituto Euvaldo Lodi (IEL Goiás), encomendada pelo Conselho Temático de Relações do Trabalho (CTRT), da Fieg, em conjunto com o Sebrae (GO), e com apoio do Sindicato da Indústria da Construção no Estado de Goiás (Sinduscon) e Senai, os dados mostram quais soluções precisam ser feitas para atrair trabalhadores. Além disso, a falta de qualificação também é um dos potenciais fatores que geram preocupações, uma vez que existe previsão de grande demanda por trabalhadores pelos próximos meses.
Além da remuneração, as pessoas procuram por melhores benefícios, oportunidades de cursos, redução da carga horária e automação de processos.
O presidente da Fieg, Sandro Mabel, ressalta a importância de uma mão de obra qualificada. Segundo ele a falta de qualificação compromete a produtividade e qualidade dos serviços. Portanto, é preciso ter uma mão de obra mais qualificada e com tempo maior de permanência.
”Já trabalhamos na área da construção civil em várias parcerias e treinamentos junto com o Sebrae. Essa pesquisa nos alertou para uma série de coisas que não estamos fazendo, como por exemplo nas escolas, onde falamos muito de indústria, informática, robótica, mas não falamos de construção civil. Então nós não despertamos o desejo nos alunos de ir para a construção civil”, destaca Sandro Mabel.
Sandro Mabel garante que a partir de hoje a construção civil em Goiás estará melhorando. “A partir de hoje a qualificação de obra da construção civil vai estar melhorando porque nós despertamos para uma série de fatores”, afirma.
Conforme os dados, hoje, os motivos que geram desinteresses pela construção civil em Goiás se dão por conta de baixos salários; serviços desgastantes; oportunidade em outras áreas; serviço perigoso, carga horária puxada, falta de qualificação/experiência ou falta de informações.
O levantamento mostra ainda que a concentração de trabalhadores informais, também é uma das principais causas da falta de trabalhadores na construção civil. São vários os motivos que levam à informalidade, sendo maior parte por opção própria; aguardando recolocação no mercado ou porque o trabalhador está desempregado.
Para mudar essa realidade, segundo os dados, o que fariam estes trabalhadores a retornarem ao trabalho formal, seriam primeiramente, oferecer plano de saúde; pagamento de hora extra; pagamento de produção; equipamentos de EPI de qualidade; vale alimentação; cesta básica e oportunidade de crescimento.
Qualificação
Como um dos problemas da escassez da profissão,40% dos trabalhadores não tem interesse em se qualificar, outros 60% demonstram interesse em áreas como mestre de obra, pintor e eletricista.
Por fim, os principais fatores responsáveis pela escassez da mão de obra na construção são: queda no número de empresas; queda no número de empregos; queda no número de primeiro emprego; aumento do número de aposentadorias e mortes; aumento do registro de obras; aumento ao número de MEIs registrados entre 2011 e 2022 e aumento no número de informações como salários mais altos, flexibilidade de horário e recebimento mais rápido.
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