23 de dezembro de 2024
Cidades • atualizado em 13/02/2020 às 09:34

Baixa umidade do ar aumenta focos de incêndios e gera riscos à saúde

Que Goiás faz um calorão no mês de agosto e setembro, todo mundo sabe! No entanto, nessa época do ano além ser muito quente oferecem riscos à saúde devido à baixa umidade relativa do ar e as queimadas que são frequentes. O Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) decretou alerta vermelho, para o Estado de Goiás, Distrito Federal, Mato Grosso e Tocantins. De acordo com o Inmet, com a umidade relativa do ar abaixo de 12%, os riscos de incêndios florestais e riscos à saúde são maiores e exigem cuidados. Na tarde desta quinta-feira (30) os termômetros registraram a maior temperatura do ano em Goiânia, com 36.6º e a umidade relativa do ar de 11%.

Em Goiânia a umidade relativa do ar chegou a 08% por volta das 16h de terça-feira (29), o que justifica o alerta vermelho, que foi reforçado também para esta quinta-feira (30). Segundo o Inmet esse registro é o segundo índice mais baixo nos últimos seis anos, a última vez no dia 05 de setembro de 2011, quando a umidade baixa chegou a 07% em Goiânia. Além de Goiânia, as cidades metropolitanas do Estado também estão em alerta máximo.

De acordo com a chefe do Instituto Nacional de Meteorologia do Brasil – Goiás e Tocantins (Inmet), Elizabete Alves Ferreira, a umidade do ar abaixo de 12% é considerada estado de emergência. “O que significa que a população deve ficar mais atenta com as recomendações que já devem ser seguidas no estado de atenção e alerta”, acrescenta.

Como conta Elisabete, os cuidados com a saúde são mais severos quando existe um alerta vermelho. Segundo ela, a população deve parar de fazer qualquer atividade física ao ar livre, “como exercícios físicos, entregas de cartas, coletas de lixos e atividades de educação física nas escolas. Com a umidade muito baixa traz a dor de cabeça, irritação dos olhos, sangramento no nariz, principalmente no período da tarde quando ocorre a menor umidade relativa e temperatura mais elevada”, explica.

A umidade do ar aumentará um pouco neste final de semana, passando para 15% a 20%. A previsão é que saia da zona de emergência para a de alerta, no entanto, ainda é necessário manter os cuidados com à saúde. Com a umidade abaixo de 12% são agravados os casos de doenças respiratórias, em principal, em crianças e idoso.

Segundo Elisabete, dá para se prevenir do ressecamento. “Tem que tomar bastante liquido, evitar a exposição solar no período da tarde. Além de tomar outros cuidados como usar o umidificador de ar, uma toalha molhada, bacia com água, algo que venha trazer uma melhora na questão da umidade”, esclarece.  

Queimadas

Neste mesmo período, agosto e setembro, também costumam ser registrados elevados números de queimadas florestais influenciadas pelo tempo quente e pela baixa umidade relativa do ar. Até o momento, de 3500 mil registros de incêndios em vegetações florestais no ano de 2016, este ano o número perde por apenas 15% a 20% de decréscimo de ocorrências.

Segundo o tenente coronel Ami de Souza Conceição, do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás (CBMGO), ainda não dá para falar em números exatos de queimadas, pois existem dias em que possuem mais ocorrências que outros. “Ontem (29) nós tivemos inúmeras ocorrências em Goiânia, em praticamente todas as áreas de Goiânia, em todos os setores que nós temos unidades estavam atendendo incêndio em lote baldio”, conta.

Como conta o coronel, são uma série de motivos que causam os incêndios, entre elas, são de responsabilidade humana. “Nós temos duas causas emblemáticas e possíveis para o incêndio em vegetação. A causa humana e a causa natural. A causa natural ela é menos de 10%, como queda de raio, ações da natureza nesse sentido. E a causa humana que a gente até pesquisa e apresenta 90% das causas”, acrescenta.

Entre uma das causas humanas em incêndios florestais, ou até mesmo acidentes nas cidades são as limpezas em lotes baldios, o que acaba ocasionando um incêndio de maior proporção, devido ao tempo e o vento que contribui para alastrar as chamas. “Temos inúmeras ocorrências hoje em que as queimadas começam em um lote baldio e terminam em residências e em empresas”, conta o coronel.

As queimadas muitas vezes não apenas geram danos ao meio ambiente, pode ocasionar em danos ao patrimônio e a pessoas. O coronel aconselha que nesse período as limpezas de lotes devem ser mecânicas, pois quando se faz uso de fogo para eliminar a sujeira pode ocasionar um incêndios, além de provocar riscos à saúde.

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