09 de agosto de 2024
Mulheres na Política

Baixa representatividade feminina no Parlamento é culpa da violência política, diz Procuradora da Câmara

Em 2023 a Câmara dos Deputados terá maior número de representantes mulheres, incluindo, pela primeira vez, duas mulheres trans
Deputada Maria Rosas afirma que mulheres têm medo da violência política, frente ao machismo. Foto: Reprodução/Agência Câmara
Deputada Maria Rosas afirma que mulheres têm medo da violência política, frente ao machismo. Foto: Reprodução/Agência Câmara

A 1ª Procuradora-Adjunta da Mulher da Câmara, deputada Maria Rosas (Republicanos-SP), acusa a violência política de ser um dos principais motivos de desestímulo das mulheres na política. Em entrevista ao programa Painel Eletrônico, da Rádio Câmara, a procuradora disse que a representatividade feminina na política ainda é baixa, por isso, é preciso aprimorar campanhas de incentivo.

Para a deputada, o comportamento misógino na política e o ambiente machista afasta as mulheres. “A violência política assusta a mulher, quando se depara com uma pessoa que vai cortar sua fala, que vai ameaçá-la”, afirmou Maria Rosas. Mas, Maria esclarece que se trata de condutas que precisam ser contestadas. “Isso é um dos pontos que a gente tem de combater”, pontou a procuradora.

Nas eleições deste ano, as mulheres tiveram resultados melhores que nos anos anteriores. No ano que vem, a Câmara terá 91 deputadas. Antes eram 77, eleitas em 2018. Na próxima legislatura, a bancada feminina corresponderá a 17,7% do total de parlamentares, acima dos 15% atuais. A nível mundial, essa porcentagem é de 26%.

Em oito estados, mais o Distrito Federal, as mulheres foram campeãs de votos para a Câmara dos Deputados nas eleições 2022. Entretanto, quatro estados não terão representantes femininas nas bancadas.

De acordo com a deputada Maria Rosas, a quantidade de mulheres na Câmara dos Deputados pode estimular o aumento da representatividade feminina em outros espaços, inclusive na Câmara de Vereadores, que, segundo ela, não possui mulheres eleitas em cerca de 900 municípios.

(Com informações da Agência Câmara de Notícias)


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