21 de dezembro de 2024
Preocupação • atualizado em 10/10/2022 às 20:46

Baixa adesão vacinal contra poliomielite preocupa autoridades sanitárias de Goiás

A meta para a cobertura vacinal em todo estado é de 90%
Baixa adesão a vacina da poliomielite preocupa saúde de Goiás. (Foto: Enio Medeiros)
Baixa adesão a vacina da poliomielite preocupa saúde de Goiás. (Foto: Enio Medeiros)

Apesar do aumento, mesmo que tímido na quantidade de doses contra a poliomielite aplicadas durante o segundo Dia D de Vacinação em Goiânia no último sábado (8), a baixa adesão em todo estado, preocupa a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO). A pasta explica que a meta para a cobertura vacinal em todo estado é de 90%.

No último sábado, somente em Goiânia a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia, aplicou mais de 24 mil doses de vacinas no segundo dia de campanha. Mesmo que parcial, o número é bem maior que os 21.912 registrados no 1º Dia D, realizado no dia 30 de agosto.

Diante das taxas de cobertura vacinal em queda, o Ministério da Saúde realizou, entre 8 de agosto e 30 de setembro, a Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite. A campanha chegou a ser prorrogada por causa da baixa adesão. Com a meta é vacinar 95% de um universo de 14,3 milhões de crianças menores de 5 anos no Brasil. Atualmente, a taxa de cobertura vacinal em todo país é de 60%.

Ao Diário de Goiás, a superintendente de Vigilância em Saúde da SES-GO, Flúvia Amorim explica que os municípios goianos não precisam necessariamente aguardar uma data específica para promoverem campanha de vacinação. ”Eles tem autonomia para fazer quando quiserem”.

Flúvia destaca ainda a importância dos pais levarem os filhos para tomarem a dose do imunizante. Pois trata-se de uma doença contagiosa causada por um vírus que vive no intestino, e que pode infectar crianças e adultos por meio do contato direto com fezes e secreções eliminadas pela boca de pacientes. Nos casos graves, em que acontecem as paralisias musculares, os membros inferiores são os mais atingidos.

”NENHUM PAI VAI QUERER DEIXAR O FILHO SE CONTAMINAR COM UMA DAS DOENÇAS MAIS TEMIDAS DA HISTÓRIA”

Flúvia Amorin
Quais os sintomas da poliomielite?

Conforme explica a superintende, os sintomas são febre, mal-estar, dor de cabeça, dor de garganta, no corpo, vômitos, diarreia, constipação (prisão de ventre), espasmos, rigidez na nuca e até mesmo meningite.

Quais as sequelas da poliomielite?

Normalmente, são sequelas motoras e que não têm cura. As principais são problemas nas articulações; pé torto; crescimento diferente das pernas; osteoporose; paralisia de uma das pernas; paralisia dos músculos da fala e da deglutição; dificuldade para falar; atrofia muscular e hipersensibilidade ao toque.

Onde as pessoas podem procurar pela vacina contra poliomielite?

Flúvia Amorim explica que, mesmo aos pais que não levaram os filhos durante a Campanha, podem procurar uma UBS mais próxima. O público-alvo da campanha contra poliomielite são crianças de 1 ano a menores de 5 anos (4 anos 11 meses 29 dias). Já a Campanha de Multivacinação, cujo objetivo é atualizar as cadernetas com as vacinas de rotina, abrange faixa etária de zero a menor de 15 anos não vacinados ou com esquemas vacinais incompletos.


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