19 de novembro de 2024
Temporariamente suspenso • atualizado em 07/03/2023 às 16:43

Autorização de uso de remédio contra covid-19 é suspensa pela Anvisa

O medicamento Evusheld, usado para tratamento da covid, apresentou queda da eficácia contra novas variantes do vírus, expondo pacientes a risco
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O medicamento usado no tratamento de casos leves e moderados da covid-19, Evusheld, teve autorização de uso no Brasil temporariamente suspensa pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O remédio apresentou queda de eficácia contra novas variantes do coronavírus.

O Evusheld, composto pelos fármacos Tixagevimabe e Cilgavimab, é indicado para prevenção, pré-exposição e tratamento de casos leves a moderados da covid-19, além de poder ser usado por pacientes com alto risco de progressão e agravamento da doença.

De acordo com a Anvisa, o medicamento apresentou queda significativa na eficácia contra variantes circulantes no Brasil. “A Anvisa vem acompanhando a eficácia dos medicamentos aprovados contra as novas variantes do SARS-CoV-2 e, de acordo com os dados apresentados pela empresa, o medicamento Evusheld demonstrou queda significativa na atividade contra as variantes de preocupação do novo coronavírus em circulação no país”, justificou.

No momento, as subvariantes Ômicron mais comuns no Brasil são a BQ.1, com prevalência em 77% dos casos, e a BA.5, responsável por 15% das contaminações. Segundo os estudos, o medicamento não apresentou bons resultados para essas variantes do SARS-CoV-2.

De acordo com a nota da Anvisa, a suspensão é temporária, até que novos dados sejam apresentados.“Após a avaliação dos dados, a diretoria colegiada da agência decidiu, por unanimidade, suspender temporariamente a autorização de uso emergencial do medicamento, até que sejam apresentados dados que comprovem sua eficácia contra as variantes do SARS-CoV-2 em circulação no país”, destaca.

A Anvisa ainda destacou que caso tenham lotes do medicamento não utilizados, que os profissionais de saúde se certifiquem que sejam administrados em casos de infecção por alguma variante do coronavírus suscetível a ele.

Com informações da Agência Brasil


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