09 de setembro de 2024
Economia

Aumento nos preços: mesmo com perda em vendas, indústria de massas e pães prevê crescimento

Previsão é de que setor cresça 1%
Lucro, mesmo que pequeno, não significa algo positivo. (Foto: reprodução)
Lucro, mesmo que pequeno, não significa algo positivo. (Foto: reprodução)

Com crescimento de 6% no volume de vendas em 2020, o setor de biscoitos, massas e pães e bolos industrializados preveem encerrar o ano de 2022 com uma elevação menor no volume, em torno de 1%. A informação curiosa, neste caso, é que esses setores juntos perderam 1,5% em volume, comparando com 2020, ou seja, perderam volume, mas tem previsão de crescimento por conta do aumento nos preços dos produtos. No fim, quem paga para que o setor não fique no prejuízo, é o cidadão.

Neste sentido Claudio Zanão, presidente-executivo da Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados (Abimapi), afirma que resultado, claro, é “bom”.

“Nossa expectativa é de crescimento de volume em torno de 1% no máximo. Mas se estabilizar em 0% será um bom resultado também”, disse ele, em entrevista à Agência Brasil, durante o 17º Congresso Internacional das Indústrias. “A nossa categoria de produtos vem se mantendo muito bem durante a pandemia. Houve um crescimento maior em 2020, com o auxílio-emergencial. Em 2021 e 2022 houve uma queda, mas em paralelo a 2019, que era período pré-pandemia. Então não há nenhum motivo para uma explosão de consumo novamente”, explicou.

Nem mesmo a proximidade da Copa do Mundo pode trazer reflexos mais positivos. “Infelizmente não é a Copa do Mundo, nem as eleições [que vão influenciar nos números], mas o poder aquisitivo, que continua baixo. O auxílio-emergencial está menor e inconstante. Então isso faz com que se tenha menos dinheiro no bolso e o resultado é menos consumo”, falou o presidente-executivo da Abimapi.

Abicab

A associação que representa os setores de chocolates, amendoins e balas não trabalha com previsões futuras. Mas aposta na influência da Copa do Mundo para motivar a produção e comercialização desses produtos.

“Esperamos que esse crescimento continue acontecendo. Tudo leva a crer – e essa não é uma posição oficial da Abicab – que continuaremos com desempenho positivo”, falou Ubiracy Fonsêca, presidente executivo da Abicab.

No ano passado, segundo Fonsêca, o setor de chocolates foi um dos destaques, crescendo em torno de 36%. “Foi um crescimento bem expressivo. Fechamos com 693 mil toneladas de produto acabado, sem contar o achocolatado. As pessoas podem dizer que cresceu 2021 contra 2020, que foi um ano de pandemia. Mas é bom lembrar que em 2020 a produção não caiu: crescemos 0,5% em relação a 2019, que foi um ano sem pandemia. E no primeiro trimestre deste ano crescemos 6%”, disse Fonsêca.

Com informações da Agência Brasil


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