22 de dezembro de 2024
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Aumento nas bombas é reflexo da cadeia de combustíveis, afirma presidente do Sindiposto

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Nos últimos dias, os preços dos combustíveis sofreram um novo aumento nos postos. Por conta da alta, o Procon Goiás fiscaliza, nesta sexta-feira (07/05), estabelecimentos localizados em Goiânia e na região metropolitana, para avaliar os valores repassados ao consumidor.

De acordo com o Procon, os postos visitados deverão apresentar documentos que justifiquem a elevação dos preços, em um prazo de até dez dias. Caso constatado abuso nos valores, a empresa pode responder a um processo administrativo sancionatório, cuja multa pode variar de R$ 680,00 a R$ 10.200.000,00. “Precisamos saber a justificativa desse aumento nas bombas até mesmo para esclarecermos os consumidores”, afirmou o superintendente, Alex Augusto Vaz Rodrigues.

Em entrevista ao Diário de Goiás, o presidente do Sindiposto (Sindicato Varejista de Derivados do Petróleo no Estado de Goiás), Márcio Andrade, afirmou que a alta se dá por conta do reajuste na origem dos insumos. “Nós estamos tendo um aumento no atacado, tanto nas usinas, quanto nas distribuidoras. E esses aumentos nas bombas, são reflexo exatamente desses aumentos”, disse. 

“Não são os postos que motivaram esse aumento de preço. Os postos simplesmente estão comprando mais caro e sendo obrigados a repassar para o consumidor. Então é o reflexo de toda a cadeia de combustíveis, que tem majorado os preços, principalmente do etanol”, ponderou.

Márcio Andrade destacou, ainda, que apesar de a alta estar acontecendo desde o início da semana, há diferença de valores em estabelecimentos pelo fato de alguns proprietários não terem reajustado os seus preços. “Como a decisão é individual de cada proprietário, tem postos por exemplo que não aumentaram os combustíveis, ainda”, ressaltou.

Com relação à fiscalização realizada pelo Procon Goiás, o presidente do Sindiposto afirmou que há um monitoramento constante, independente de aumento. “Os segmentos de combustíveis são monitorados independente de ter movimentação de preço nas bombas. Essa fiscalização acontece permanentemente”, afirmou.

Na última quarta-feira (5), o Jornal O Popular reportou a alta nos preços dos combustíveis, relatando que o etanol sofreu um aumento de, em média, R$ 0,60. Já a gasolina, teve acréscimo de R$ 0,23.

Ainda de acordo com O Popular, o motivo seria “o fim de uma promoção feita pelas distribuidoras durante o mês de abril, depois que os decretos para conter a proliferação do novo coronavírus desaceleraram o consumo”. A reportagem relata, ainda, que “apesar de abril marcar o início da safra de cana de açúcar na região Centro-Sul do País, este ano a retomada do ritmo da produção sucroalcooleira está mais lenta por conta de problemas climáticos que prejudicaram o tempo de colheita”.


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