A secretária municipal de Saúde, Fátima Mrué prestou contas nesta quarta-feira (11), na Comissão de Saúde da Câmara de vereadores. Os números são relativos ao segundo quadrimestre de 2019. Entre os dados apresentados pela gestora, destaque para a oferta de leitos de UTI’s. Aumentou a oferta de leitos disponíveis nos últimos anos.
Segundo relatório apresentado pela Secretaria Municipal de Saúde, comparando o total de internações ocorridas no ano 2019 ao mesmo período do ano 2018, houve aumento de 19,4%, passando de 9.205 para 10.994 internações.
Em relação a procedência, houve 21% de aumento nas internações em UTI de usuários residentes em outros municípios, no ano 2018 foram 5.166 internações e em 2019, 6.248. Já para os pacientes residentes em Goiânia o aumento foi de 17,5%, ocorreram 4.039 internações em 2018 e 4.746 no ano 2019.
“Não é apenas o número de leitos de UTI’s, nós tínhamos um descompasso, entre o número de leitos, o número de pessoas aguardando as vagas e os leitos vazios que não conseguia garantir acesso do paciente. Adotamos medidas de gestão, instituímos protocolos de auditoria. Isso nos garantiu a internação de mais de 1 mil pacientes por ano a cada ano que iniciamos a gestão. São mil pessoas que talvez não teria entrado em leitos de UTI’s”, argumentou a secretária municipal de Saúde.
As faixas etárias com maiores percentuais de internação foram em crianças menores de 1 ano de idade, com variação entre 15,37% no segundo quadrimestre de 2015 e 13,45% no mesmo período/2019, e de idosos de 80 anos acima, o que representou 10,26% das internações, com exceção ao 2º quadrimestre/2019 que aumentou para 12,39%.
As principais causas de internações em UTI ocorridas em Goiânia no segundo quadrimestre de 2019 foram doenças do aparelho circulatório (23,9%), doenças do aparelho respiratório (17,2%), lesões envenenamento e algumas outras consequências de causas externas (9,8%), e algumas afecções originadas no período perinatal e algumas doenças infecciosas e parasitárias (7,3%).
“Goiânia é uma cidade que acolhe diferentes tipos de serviços de saúde que são necessários e as cidades do interior ainda são desprovidas de atendimentos mais complexos. A maioria das regiões do estado procura atendimento de alta complexidade em Goiânia, esse motivo de mais de 50% das internações de Goiânia serem de pacientes de outros municípios”, disse a secretária.
Reformas
Durante a prestação de contas, a secretária municipal de Saúde, Fátima Mrué foi bastante questionada pelos vereadores quanto à conclusão de unidades de saúde. A vereadora Priscila Tejota (PSD), especificou a necessidade de conclusão de várias obras, em especial Cais que estão sendo transformados em UPAs como do Jardim América, que está com obras paradas, do Jardim Guanabara e da Chácara do Governador.
“O maior número possível de unidades. As três UPAs vão ser entregues num prazo máximo de 180 dias e há unidades básicas que estão sendo reformadas. Vamos entregar a estrutura física melhor do que recebemos. Já ocorreu a licitação para concluir o remanescente de obras. Houve um recursos de um dos participantes, mas em breve a obra não será retomada”, explicou a secretária.
Fátima Mrué disse que as reformas envolvem mais de 100 unidades. Ela relatou que a rede estrutural já estava com problemas há muitos anos. Muitas delas já tiveram construção ou reforma há mais de 20 anos. Quanto à Maternidade Oeste, a secretária reforçou a previsão de entrega para o mês de maio.
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