Dados da Serasa Experian apontam que os pedidos de recuperação judicial entre firmas de médio porte mais que dobraram no Brasil. Entre janeiro e abril de 2015, e o mesmo período deste ano, o número crescer de 68 pedidos para 149.
Juntas, as médias e pequenas empresas somaram 327 pedidos de recuperação judicial nos primeiros quatro meses deste ano, 155 a mais que no mesmo período do ano passado, quando foram registrados 172. Conforme o levantamento do Serasa Experian, a crise econômica atingiu primeiro as empresas menores e, só depois, deixou mais frágeis as de tamanho médio.
Segundo o advogado especialista em Direito Empresarial, Hanna Mtanios, “a crise ainda persiste, mas os empresários estão buscando socorro na Lei que disciplina a recuperação judicial”. “Se por um lado o momento econômico permanece instável, por outro o empresário quer esgotar as possibilidades de evitar a falência, com o objetivo de manter os empregos, sua posição no mercado e sua arrecadação”, afirma.
A Lei de Recuperação Judicial permite que as empresas possam renegociar suas dívidas com os credores, com abatimento de juros e multas e a suspensão de todas as execuções. “Com a Recuperação, a fonte produtora de emprego e renda continua viva”, ressalta o advogado.
De acordo com Hanna Mtanios, o essencial é a empresa tomar todas as providências para evitar a falência. “Esta, sim, causará danos não só econômicos como também sociais, já que inevitavelmente afetará de forma negativa os empregados, os fornecedores, os clientes e o mercado”, destaca.
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