17 de dezembro de 2024
Mundo • atualizado em 13/02/2020 às 09:39

Aumenta desgaste da imagem dos EUA no México

A imagem que os mexicanos têm dos EUA vem se desgastando rapidamente e cada vez menos de seus cidadãos demonstram interesse em migrar de forma ilegal ao país do Norte.

É o que se pode concluir da última pesquisa feita pelo Pew Research Center, que ouviu mil pessoas, no México, entre março e abril deste ano. A investigação mostra que a visão que os mexicanos têm dos EUA é a mais desfavorável nos últimos 15 anos.

Segundo o relatório, dois terços dos mexicanos (65%) têm hoje uma opinião negativa dos EUA, mais do que o dobro do que há dois anos atrás (29%). A mudança se dá após a campanha eleitoral e a vitória de Donald Trump nos EUA.

O presidente desde então apoia-se num discurso anti-mexicano e quer que seus vizinhos do sul paguem por um muro que pretende construir na fronteira -94% dos mexicanos se opõem à obra, segundo o estudo.

QUEDA NA IMIGRAÇÃO

Desde 2009, a cifra dos mexicanos que rumam para o Norte de forma ilegal vem caindo. Hoje, e de cada dez imigrantes que tentam cruzar a fronteira de modo ilícito, apenas um é mexicano -os outros 9 são, em sua maioria, centro-americanos. Além disso, entre 2009 e 2014, mais mexicanos deixaram os EUA rumo ao sul do que o contrário.

A pesquisa mostra, porém, que há sentimentos contraditórios. Se a imagem do vizinho do Norte se desgasta, ainda assim, um terço dos entrevistados diz que se mudaria aos EUA se pudesse fazê-lo legalmente, porque crê que lá as condições de vida e de trabalho são melhores.

As cifras mostram que, hoje, só 13% se arriscaria a cruzar a fronteira sem um visto de trabalho ou sem uma autorização legal, enquanto há apenas dois anos, esse número era de 20%.

ECONOMIA

O estudo traz também um levantamento sobre a percepção dos mexicanos com relação aos laços econômicos de seu país com os EUA.

A maioria (55%) ainda vê a relação bilateral de comércio como importante, mas este número teve um declínio de 15 pontos desde 2013, quando essa cifra era de 70%.

Leia mais:

 

 

 

 


Leia mais sobre: Mundo