07 de agosto de 2024
Defesa

Audiência pública irá ouvir mulheres vítimas de violência obstétrica durante o parto

A iniciativa foi da Deputada Federal Silvye Alves (UNIÃO-GO), vice-presidente da Comissão de Violência Obstetrícia e Morte Materna
A parlamentar busca definir parâmetros que impossibilitem a continuidade desses casos (Divulgação)
A parlamentar busca definir parâmetros que impossibilitem a continuidade desses casos (Divulgação)

Marcada para essa quarta-feira (4), às 15 horas, a Câmara dos Deputados, em Brasília, recebe audiência pública sobre violência obstétrica. A iniciativa foi da Deputada Federal Silvye Alves (UNIÃO-GO), vice-presidente da Comissão de Violência Obstetrícia e Morte Materna.

A audiência será realizada para ouvir mulheres vítimas de violência obstétrica durante o parto. Dados do Relatório das Nações Unidas mostram que uma em cada quatro mulheres já sofreram violência obstétrica no Brasil. Em Goiás o cenário também preocupa. Segundo a Fundação Perseu Abramo a cada quatro mães, pelo menos uma passa pela violência.

Em 2021, em Goiás podem ter sido 37 mil mulheres de um total de mais de 148 mil partos. Porém as denúncias ainda são contidas. Silvye Alves ressalta que é preciso ouvir vítimas desse tipo de violência para definir parâmetros que impossibilitem a continuidade desses casos absurdos.

Casos reais

Na ocasião a audiência irá ouvir relatos delicados sobre o assunto, que incluem até mesmo Óbito neonatal e perda materna.

Caso Maryanna

Óbito neonatal por medicação excessiva e ausência de monitoramento. Houve falsificação de prontuário em uma maternidade renomada de Goiânia. A vítima foi dopada sem o consentimento.

Caso Ellen:

Caso gravíssimo de óbito fetal, ausência de pré natal, racismo obstétrico, near miss materno (quase óbito), omissão em prontuário, violação do luto gestacional, silenciamento da dor (dopada sem o consentimento). Foi prescrito abandonar a parturiente pra domar a “preta raivosa” e nisso ela sangrou até quase morrer. Teve que receber 5 bolsas de sangue. Atualmente está grávida e tem passado por situações parecidas.

Caso Lea:
Mãe e a filha adolescente estavam grávidas. A jovem grávida e o bebê morreram. Perda neonatal e materna (filha adolescente). Violência obstétrica de Peregrinação e ausência de leito de uti.

Denúncia

A violência obstétrica, não é apenas quando ocorre o óbito por negligência. Ela se caracteriza pelo desrespeito, abusos e maus-tratos durante a gestação e/ou no momento do parto, seja de forma psicológica ou física.

Em caso de violência, o Ministério da saúde indica exigir a cópia do seu prontuário junto à instituição de saúde que foi atendida. Este documento pertence à paciente, podendo ser cobrado apenas o custo das cópias, após realize denúncia.

Em caso de violência obstétrica denuncie:

SUS – Secretaria de Saúde.
ANS – Agência Nacional de Saúde
Ligue 180


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