07 de agosto de 2024
Destaque • atualizado em 28/04/2024 às 15:01

Audiência Pública discute Plano Diretor de Goiânia nesta segunda (31)

Câmara Municipal de Goiânia. (Foto: Divulgação/Câmara Municipal de Goiânia)
Câmara Municipal de Goiânia. (Foto: Divulgação/Câmara Municipal de Goiânia)

A Câmara Municipal de Goiânia debate, na manhã desta segunda-feira (31), a atualização do novo Plano Diretor de Goiânia (PDG). A discussão acontece na mesma data em que vereadores buscam, junto à Prefeitura de Goiânia, uma solução com relação ao reajuste do IPTU em Goiânia, com defesa, inclusive, para a revogação do Novo Código Tributário.

Relatora do projeto na Comissão Mista, a vereadora Sabrina Garcez (PSD) acredita que o clima na Casa voltado para a discussão do Código Tributário não irá impactar o debate com relação ao Plano Diretor. O vereador Mauro Rubem (PT), que votou contra as duas matérias, afirma que ambas as pautas devem ser debatidas, neste momento, sem implicações. 

“O Plano Diretor é até pior que o Código Tributário”, frisou o parlamentar, ao citar pontos de destaque, em seu ponto de vista. “É uma destruição generalizada. A maior área de preservação ambiental que nós temos, que é o Morro do Mendanha, está sendo entregue para ser destruída. É um absurdo um negócio desses. Outras áreas a questão do adensamento, acabar com as nossas zonas rurais”, ponderou. A expectativa é para “debates estruturados” com a cidade durante os meses de fevereiro, março e abril, para que a votação ocorra em maio.

Mauro Rubem afirmou, ainda, que a capital goiana já possui espaço legalizado para a inserção de 800 mil novos habitantes. No entanto, ressalta se tratar de algo que não irá acontecer nos próximos 40 anos, tendo como base projeções relacionadas à taxa de natalidade. “A grande Goiânia já tem espaço regularizado para colocar mais 5,5 milhões de pessoas. Isso também não vai acontecer. Ou seja, o Plano Diretor é só para atender a especulação imobiliária, as grandes empresas, para poder adensar, alagar, paralisar o trânsito e dificultar a vida das pessoas”, ponderou o petista.

Emenda

De acordo com a Câmara Municipal, a vereadora Aava Santiago (PSDB) prepara uma emenda ao projeto para classificar terrenos ao longo das Avenidas 84, 85 e 90, no Setor Sul, como Áreas de Adensamento Básico (AAB), que poderão ter imóveis com altura máxima de 12 metros, segundo o relatório aprovado na Comissão Mista. Exceto para quadras internas desse bairro e para o Setor Jaó, cujo limite fixado é de 7,5m; já nos demais imóveis em AAB, as edificações deverão ter até 12m.

De acordo com a parlamentar, a proposta busca atender à reivindicação de moradores do Setor Sul, que lutam pela manutenção do traçado original do bairro. “O Setor Sul foi um dos primeiros bairros da capital, planejado para baixa densidade e, por seu traçado peculiar, inspirado no modelo das cidades-jardim, precisa ser preservado. Além de ser fundamental à memória de nossa cidade, o setor reúne espaços verdes, essenciais à manutenção da biodiversidade e à permeabilidade do solo, drenando a água de bairros mais altos para o Córrego Botafogo”, argumenta.


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