12 de agosto de 2024
Brasil • atualizado em 13/02/2020 às 00:15

“Ato arbitrário, desnecessário e desumano”, diz advogado de Mantega sobre prisão

O ex- ministro Guido Mantega chega à sede da Polícia Federal, em São Paulo (SP). (Foto: Marcos Bezerra/Futura Press/Folhapress)
O ex- ministro Guido Mantega chega à sede da Polícia Federal, em São Paulo (SP). (Foto: Marcos Bezerra/Futura Press/Folhapress)

Durante entrevista à Rádio Bandeirantes AM, o advogado do ex-ministro Guido Mantega, José Roberto Batochio, disse que considera a prisão de seu cliente arbitrária, desnecessária e desumana, em razão de ter sido no mesmo dia da cirurgia de sua esposa, que faz tratamento contra câncer.

“Essa decretação de prisão trata-se de ato arbitrário revertido de profundo autoritarismo, desnecessária e, nas circunstâncias da cirurgia da esposa do ex-ministro, é também desumana. Está havendo um abuso na decretação de prisões em nosso país ao pretexto da necessidade de se combater a impunidade, a corrupção”, afirmou José Roberto Batochio.

Questionado sobre a data escolhida pela Polícia Federal (PF) para fazer a prisão preventiva do ex-ministro, o advogado disse que acredita ser uma coincidência. “Não acho que isso tenha sido deflagrado exatamente com vistas à data que estava designado o ato cirúrgico. Acho que foi uma coincidência”.

Para Batochio, todos querem combater a impunidade e corrupção, mas isso não pode ser feito fora da lei e da Constituição de 88. “Precisamos respeitar a lei, respeitar a Constituição. Fora da Constituição e da lei não há civilização, há barbárie. Então, para que apuremos os crimes mais terríveis, nós temos que respeitar as regras que são fixadas na lei”.

O caso

O ex-ministro da Fazenda Guido Mantega foi preso nesta quinta-feira (22) pela PF durante a 34ª fase da Operação Lava Jato, intitulada de Operação Arquivo X. No momento da prisão, Mantega estava no Hospital Albert Einstein, acompanhando a esposa em um procedimento cirúrgico.

Ao todo, a PF cumpriu 22 mandados de busca e apreensão, oito mandados de prisão temporária e oito mandados condução coercitiva. Além de Mantega, executivos das empresas Mendes Júnior e OSX também foram alvos da operação.

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