VICTOR MARTINS
BELO HORIZONTE, MG (UOL/FOLHAPRESS) – O Atlético-MG teve quase 70% de posse de bola e passou boa parte do jogo no campo de ataque. No entanto, a pontaria dos jogadores não estava boa, e o time mineiro não saiu do 0 a 0 contra a Chapecoense, nesta quarta-feira (2), no estádio Independência, pelo duelo de ida das oitavas de final da Copa do Brasil.
Com o resultado, no jogo da volta, marcado para o dia 16, na Arena Condá, um novo empate levará a decisão da vaga nas quartas de final para a disputa de pênaltis. Quem vencer entre Atlético e Chapecoense estará classificado. Na edição 2018 da Copa do Brasil, o gol marcado fora de casa não é mais usado como critério de desempate.
Entre os melhores em campos, destaca-se Gustavo Blanco, que foi o motivo para Elias ir para o banco de reservas do Atlético. No que depender das atuações do camisa 30, o consagrado volante atleticano não vai retornar ao time titular tão cedo. Novamente, Gustavo Blanco foi o melhor jogador do Atlético em campo, assim como aconteceu nos jogos anteriores, contra Vitória e Corinthians, ambos pelo Campeonato Brasileiro.
Do outro lado, Arthur e Wellington Paulista foram os atacantes escalados por Gilson Kleina para o duelo contra o Atlético. No entanto, ambos quase não pegaram na bola. Foram vistos mais vezes no campo de defesa, ajudando a marcação, do que buscando um gol. No fim da partida, apenas quatro finalizações da equipe catarinense.
Os números do jogo são claros. Mandante, o Atlético foi muito superior ao rival. A Chapecoense pouco conseguiu atacar, enquanto o Galo jogou praticamente os 90 minutos no campo de ataque. Com muita paciência para tocar a bola e buscar espaços, o time alvinegro criou algumas oportunidades, mas faltou capricho ou tranquilidade no momento de finalizar. No total, foram 17 tentativas, mas somente quatro foram no rumo do gol defendido por Jandrei.
Antes do duelo com o Atlético, a Chape enfrentou o Palmeiras, em São Paulo, pela terceira rodada do Brasileirão. A estratégia usada três dias atrás foi repetida no Horto. Duas linhas de quatro jogadores bem recuados e poucas tentativas de contra-ataques. Apesar da postura recuada, a Chapecoense permitiu que o Atlético conseguisse finalizar muitas vezes. Por sorte, a pontaria dos atleticanos não estava boa.
Enquant isso, o Atlético é uma equipe que gosta de construir as jogadas desde a defesa, deixando os chutões de lado. Em uma das boas jogadas diante da Chape, o time surpreendeu com uma bela troca de passes e quase resultou em um golaço, mas Gabriel mandou para fora. No entanto, a nova maneira de a equipe atuar, desde que Thiago Larghi assumiu o comando, não resultou em gols nesta quarta.
Larghi se tornou técnico do Atlético após a demissão de Oswaldo de Oliveira. Ele completou 21 partidas no comando do time alvinegro e superou as 20 de seu antecessor Oswaldo de Oliveira. O retrospecto até o momento aponta para 12 vitórias, três empates e seis derrotas.
“Não havia pensado nisso. Tenho o Oswaldo como uma referência, como profissional e como pessoa. Fico feliz com isso”, comentou Thiago Larghi ao ser questionado sobre superar os números de Oswaldo de Oliveira.
ATLÉTICO-MG
Victor; Patric, Leonardo Silva, Gabriel, Fábio Santos; Adilson (Cazares), Gustavo Blanco (Elias), Luan (Matheus Galdezani), Otero; Róger Guedes, Ricardo Oliveira. T.: Thiago Larghi (interino).
CHAPECOENSE
Jandrei; Apodi, Rafael Thyere, Douglas, Bruno Pacheco; Amaral, Elicarlos, Márcio Araújo (Freitas), Canteros (Guilherme); Arthur (Júnior Santos), Wellington Paulista. T.: Gilson Kleina
Estádio: Independência, em Belo Horizonte (MG)
Público: 19.476 presentes
Renda: R$ 258.225,00
Juiz: Paulo Roberto Alves Junior (PR)
Cartão amarelos: Luan e Patric (Atlético-MG); Jandrei e Apodi (Chapecoense)
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