Muito se esperava do Atlético-MG em 2017. Mas pouco o time conseguiu entregar até o momento. E nesta quarta-feira (9), às 21h45, no Mineirão, contra o Jorge Wilstermann, o clube mineiro tenta seguir em busca do único grande título possível nesta temporada. Eliminado na Copa do Brasil e 24 pontos atrás do líder do Campeonato Brasileiro, o Atlético-MG vê a Copa Libertadores como o grande objetivo do ano, mas também como a salvação para uma temporada que está longe da expectativa que existia.
Quando o time profissional iniciou os trabalhos, em 7 de janeiro, na Cidade do Galo, a esperança era de um ano de conquistas. Algo que foi reforçado com a chegada do volante Elias, mais um grande nome para o elenco atleticano, recheado de estrelas. Mas em campo, com exceção do período em que foi campeão mineiro, o Atlético jamais conseguiu jogar um futebol convincente.
Resultado disso é a distância para o Corinthians, no Brasileirão, a eliminação nas quartas de final da Copa do Brasil, tratada pelo presidente do clube, Daniel Nepomuceno, como precoce, e a pressão pela vitória contra o Jorge Wilstermann. Mesmo com um orçamento bem inferior ao do Atlético, a equipe boliviana chega em vantagem para o duelo no Mineirão.
O Atlético-MG precisa vencer por dois gols de diferença para avançar às quartas de final e enfrentar o River Plate, da Argentina, que já está classificado. Vitória por 1 a 0 leva a decisão para a disputa de pênaltis. Qualquer outro resultado classifica o time boliviano, que entrou no confronto como zebra.
Assim, em agosto, o Atlético joga para vencer e não ver o ano terminar de forma melancólica, brigando apenas por vagas em copas internacionais via o Brasileirão ou até mesmo pior, lutando contra o rebaixamento. Alguns fatores fizeram o time não render o que era esperado e, pela sequência na Libertadores, precisam ser superados nesta noite.
ESTRELAS
Robinho é o melhor exemplo de como os grandes atletas da equipe estão abaixo do que podem render na temporada. O camisa 7 foi o artilheiro do Brasil no ano passado, mas nesta temporada acumula atuações ruins, ao ponto de ser reserva de uma equipe alternativa, como aconteceu em Porto Alegre, diante do Grêmio.
Mas não é apenas Robinho que tem rendimento abaixo do esperado.
Outros grandes jogadores do elenco também oscilam em 2017. Os volantes Rafael Carioca e Elias, os laterais Fábio Santos e Marcos Rocha, o meia Cazares e até o centroavante Fred tiveram momentos de baixa, prejudicando a busca por uma sequência de boas atuações, que ainda não aconteceu neste ano.
TREINADORES
Entre agosto de 2011 e dezembro de 2015, o Atlético teve apenas três treinadores. Destaque para Cuca e Levir Culpi, que ficaram mais de um ano no comando da equipe. A exceção foi Paulo Autuori, que ficou cerca de quatro meses na Cidade do Galo. Mas desde a saída de Levir, ao término da temporada 2015, o clube está no quarto técnico diferente, num período aproximado de 20 meses. Diego Aguirre, Marcelo Oliveira e Roger Machado comandaram o Atlético antes de Rogério Micale, que nesta noite faz apenas o quinto jogo como treinador do time mineiro. E logo uma decisão.
Micale entrou no lugar de Roger Machado, que até então vinha atingindo os objetivos traçados pela diretoria. Foi campeão estadual, primeiro colocado geral na fase de grupos da Copa Libertadores e estava nas quartas de final da Copa do Brasil, em vantagem no duelo com o Botafogo. O ponto fora da curva era o rendimento ruim em casa no Brasileirão, que por enquanto não mudou desde a troca do treinador.
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