O IBC-Br, índice de atividade econômica calculado pelo Banco Central que antecipa o desempenho do PIB (Produto Interno Bruto), deve cair em março, afirmou nesta quinta-feira (11) o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.
“A economia não funciona em linha reta. Ela sobe, cai, sobe, cai mais, mas o fato é que a “, disse o ministro após entrevista dada a emissoras de rádio transmitida pela EBC (Empresa Brasil de Comunicação).
“Dados do Banco Central mostram que em janeiro sobre dezembro houve crescimento, assim como fevereiro sobre janeiro. Março deve cair um pouquinho, mas no trimestre já há crescimento”, afirmou, ao comentar os resultados da Pesquisa Mensal de Comércio, do IBGE, que mostrou recuo de 1,9% em março na comparação com fevereiro.
Meirelles ainda disse que as mudanças aprovadas pela comissão no Programa de Regularização Tributária, que reduzem a arrecadação, “não são adequadas do ponto de vista fiscal”.
“Estamos aguardando que essa medida provisória seja votada pelo Congresso. As medidas propostas pelo relator não são adequadas do ponto de vista fiscal. O que iria se arrecadar com esse processo cai muito. Achamos que isso deve ser modificado no plenário da casa”, disse o ministro.
Meirelles disse que a equipe econômica vai trabalhar “com rigor e severidade” para que as mudanças da comissão sejam revertidas em plenário. “Por enquanto o que existe são propostas preliminares, propostas pelo relator e aprovadas pela Comissão, mas estamos trabalhando para que o plenário reverta isso”.
Sobre a retirada do projeto de regularização fiscal dos Estados do aumento da contribuição previdenciária dos servidores para 14%, o ministro disse que a retirada de uma contrapartida “terá que ser compensada por outra”.
“O Rio de janeiro, por exemplo, tem que conseguir fechar as contas para pagar salários dos servidores. Por isso, se não tem aumento de contribuição previdenciária, terá que ter mais corte de despesas para compensar, por exemplo. Em resumo, o que importa é fechar a conta no final”. (Folhapress)
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