Ao menos quatro pessoas morreram em um ataque a tiros cometido neste sábado (27) em uma sinagoga em Pittsburgh, nos EUA. As informações são da emissora CNN.
Segundo autoridades, seis foram feridas, sendo quatro policiais, no ataque cometido por um homem branco, que teria se rendido à Polícia de Pittsburgh. Ele estava sendo transferido ao hospital Mercy, afirmou Curt Conrad, chefe de gabinete do legislador local Corey O’Connor.
Wendell Hissrich, diretor de segurança pública, descreveu a cena do crime como horrível, “a pior que já vi em minha vida inteira.” “É muito ruim”, afirmou.
Segundo autoridades, 12 pessoas foram baleadas por um homem branco, que teria se rendido à polícia de Pittsburgh. Ele estava sendo transferido ao hospital
Mercy, afirmou Curt Conrad, chefe de gabinete do legislador local Corey O’Connor.
Chris Togneri, porta-voz do departamento de polícia de Pittsburgh, afirmou que, entre os baleados, estão três agentes.
Mais cedo, o comandante Jason Lando afirmou que foram disparados vários tiros, que deixaram “várias vítimas”.
O ataque está sendo tratado como crime de ódio.
O atirador teria entrado na sinagoga Tree of Life armado com um rifle AR-15 e revólveres e gritado que “todos esses judeus merecem morrer”, segundo relatos.
O agressor foi identificado por vários meios de comunicação como Robert Bowers, 46, de Pittsburgh, cujas páginas em redes sociais estão repletas de conteúdo antissemita.
O presidente dos EUA, Donald Trump, disse que controle de armas “têm pouco a ver” com esse tipo de incidente e que as pessoas estariam seguras se houvesse segurança armada dentro da sinagoga.
Defendeu ainda o endurecimento das leis de pena de morte para crimes do tipo. Afirmou que “o ódio tem de parar” e que “algo precisa ser feito”.
“Quando as pessoas fazem algo assim, elas precisam pegar a pena de morte.”
O genro de Trump, Jared Kushner, que também é seu assessor, é judeu. Sua filha Ivanka Trump é judia convertida.
Antes, no Twitter, ele havia dito em rede social que “parece que há múltiplas vítimas. Cuidado com o atirador. Deus os abençoe!”, escreveu.
Em julho, o rabino Jeffrey Myers, que dirige a congregação, acusou o governo americano de ser incapaz de aprovar leis importantes, como a de controle de armas, para proteger os cidadãos.
“Apesar de apelos contínuos para um controle de armas sensato e cuidados à saúde mental, nossos líderes eleitos em Washington sabiam que isso diminuiria com o tempo”, escreveu.
“A menos que haja uma reviravolta dramática nas eleições de midterms [legislativas], eu temo que o status quo permaneça inalterado e que os ataques a tiros em escolas voltem.”
A polícia de Pittsburgh cercou a sinagoga após relatos de tiros no edifício, no bairro de Squirrel Hill. Imagens de TV mostraram policiais no local com fuzis e equipamentos táticos. Paramédicos também foram enviados para a região, que teve o trânsito interrompido.
Lando pediu que todos os que moram perto da sinagoga fiquem em casa, porque a região ainda não estava segura.
A sinagoga Tree of Life se descreve em seu site como uma congregação tradicional, progressiva e igualitária.
O ataque a tiros ocorreu durante os serviços religiosos de shabbat, quando a sinagoga estava cheia. A polícia disse que recebeu várias ligações de pessoas escondidas dentro da sinagoga.
O incidente ocorre após uma semana em que vários pacotes-bomba foram enviados a líderes políticos e personalidades críticas a Trump. O americano Cesar Alteri Sayoc Jr., 56, foi preso e indiciado.
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