Uma nova movimentação de lixo no aterro sanitário Ouro Verde, em Padre Bernardo, no Entorno do Distrito Federal, voltou a provocar danos ambientais nesta terça-feira (25). De acordo com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SEMAD) de Goiás, o material deslizou durante a madrugada e atingiu novamente o córrego Santa Bárbara, que corta a área do aterro.
Este é o terceiro episódio de instabilidade registrado no local neste ano. O primeiro desabamento ocorreu em 18 de junho, quando parte dos resíduos desceu e chegou até o curso d’água, levando a SEMAD a publicar uma portaria proibindo o consumo da água do córrego. Na ocasião, a empresa Ouro Verde, responsável pela operação do aterro, recolheu parte do material.
Mesmo após a intervenção inicial, um segundo deslizamento aconteceu em 13 de novembro, quando aproximadamente 3 mil toneladas de lixo se desprenderam e atingiram uma pilha antiga de resíduos. Agora, pouco menos de duas semanas depois, o maciço voltou a ceder. A SEMAD afirma que, embora ainda não haja estimativa sobre o volume de material deslocado nesta nova ocorrência, as fortes chuvas registradas na região podem ter contribuído para o desmoronamento.
Em nota oficial, a pasta informou que enviará, nesta quarta-feira (26), uma equipe técnica ao aterro para realizar novas vistorias, avaliar o impacto ambiental e determinar as medidas de contenção necessárias. A secretaria também adiantou que poderá aplicar novas sanções à empresa.
“É provável que haja lavratura de novo auto de infração pelo descumprimento do dever de estabilizar o maciço”, destacou o órgão, reforçando a preocupação com a reincidência dos problemas estruturais no aterro. Até o momento, a Ouro Verde não se manifestou sobre o novo episódio. A SEMAD segue acompanhando a situação e deve atualizar as informações após a inspeção no local.
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