29 de novembro de 2024
Mundo • atualizado em 13/02/2020 às 09:21

Atentado em Cabul, no Afeganistão, deixa ao menos 26 mortos

A explosão de um carro-bomba deixou ao menos 26 mortos e 42 feridos nesta segunda-feira (24) em Cabul, em um bairro da comunidade xiita hazara -vítima, há um anos, do primeiro ataque do Estado Islâmico (EI) na capital afegã- informou o porta-voz do Ministério do Interior, Najib Danish.

“O carro-bomba foi lançado contra um ônibus que transportava funcionários do Ministério de Minas”, situado no oeste de Cabul, declarou Danish.

No Twitter, a milícia radical Taleban reivindicou o atentado “contra um ônibus que transportava membros do NDS [serviços de Inteligência]”.

O presidente do Afeganistão, Ashraf Ghani, condenou o atentado, “um crime que alimentará o rancor da população contras os terroristas”.

O ataque aconteceu pela manhã em um movimentado bairro de maioria xiita de Cabul, onde há muitas academias, universidades e institutos, além de lojas e salões de festas.

No local, o fotógrafo da AFP observou várias ambulâncias e muitos feridos, os quais estavam sendo transportados de táxi, ou em carros particulares. Um ônibus ficou completamente carbonizado perto do ministério para onde levava os funcionários. Muitas lojas foram atingidas, e a rua ficou cheia de escombros e de árvores derrubadas.

Entre as vítimas, pode haver civis, incluindo estudantes que chegavam cedo à universidade para a semana de provas, assim como seguranças que protegiam a residência do parlamentar Mohammad Moqaqeq, um dos líderes da comunidade hazara, relatou seu porta-voz, Omid Maisom.

“O carro explodiu na frente do primeiro posto de controle da residência do senhor Moqaqeq, deixando mortos e feridos entre os guardas e os civis. Acreditamos que quisesse alcançar a casa do senhor Moqaqeq, mas foi preso por nossos guardas”, declarou.

A comunidade hazara é uma minoria xiita de cerca de três milhões de pessoas, discriminada e marginalizada no país. É conhecida por ser uma das mais liberais do Afeganistão, sobretudo, no tratamento reservado às mulheres. (Folhapress)

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