Passa de 100 o número de mortos depois que uma bomba escondida em uma ambulância explodiu próxima a um ponto de controle da polícia na capital afegã, Cabul, neste sábado (27), em uma área próxima a embaixadas e edifícios governamentais, informou o Ministério da Saúde Pública.
O atentado terrorista deixou ao menos 235 pessoas feridas, entre civis e policiais afegãos.
O Taleban assumiu a responsabilidade pela explosão, uma semana depois de reivindicar o ataque ao Hotel Intercontinental, também em Cabul, quando 18 pessoas morreram.
“É um massacre”, disse Dejan Panic, coordenador da ONG italiana Emergência, que administra um hospital de trauma localizado nas proximidades.
Edifícios a centenas de metros de distância foram abalados pela força da explosão, que deixou vários corpos espalhados pela rua, perto de escombros e detritos.
O porta-voz do Ministério da Saúde Pública, Wahid Majroh, confirmou o número de mortos e informou que os feridos estavam sendo levados para hospitais da cidade.
Mirwais Yasini, membro do Parlamento afegão, estava próximo ao local quando o estouro ocorreu. Segundo ele, a ambulância se aproximou de um escritório do Conselho da Alta Paz e de várias embaixadas estrangeiras antes do abalo.
Nasrat Rahimi, porta-voz do Ministério do Interior, confirmou o atentado.
Estados Unidos
O ataque aumenta a pressão sobre o presidente Ashraf Ghani e sobre os Estados Unidos, que expressaram confiança de que uma nova estratégia militar conseguiria expulsar os insurgentes dos principais centros provinciais.
Recentemente, os EUA intensificaram sua assistência ao Afeganistão e aumentaram os ataques contra outros grupos terroristas.
Com o atentado, o Taleban refuta o diagnóstico de que estaria enfraquecido e mostra que ainda é capaz de planejar e executar ataques mortais e de alto perfil. (Folhapress)
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