23 de dezembro de 2024
Goiânia • atualizado em 13/02/2020 às 09:43

Atendimentos na Central de Regulação de Vagas voltam a ser feitos pela prefeitura

Central de Regulação tem ficado lotada nestes últimos meses (Foto: Arquivo- Pref de Goiânia)
Central de Regulação tem ficado lotada nestes últimos meses (Foto: Arquivo- Pref de Goiânia)

A Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia volta a assumir os atendimentos realizados na Central de Regulação de Vagas da capital depois de 9 anos. Segundo a administração municipal, 25, cerca de 90 servidores administrativos assumem a operacionalização da agenda de procedimentos disponibilizados para os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), assim como serviços administrativos e o relacionamento com o público que precisa ir à unidade para marcar consultas e exames.

Até este domingo, 24, os serviços são executados pelo Instituto de Desenvolvimento Tecnológico e Humano (Idtech). Os funcionários da Organização Social (OS) deixam as funções após o fim do período de transição acordado entre a Secretaria Municipal de Saúde e a entidade à época do pedido de rompimento do contrato.

Crise no sistema

A crise no sistema de regulação na área da Saúde da Prefeitura de Goiânia tem causado grandes transtornos a quem precisa ir a Central de Regulação. São horas e horas na fila. O Idetch solicitou no dia 1º deste mês o rompimento do contrato com a administração municipal.

Em um período de até 90 dias, a secretária de Saúde da capital, Fátima Mrué pretende dar solução ao problema a partir do funcionamento pleno de um novo sistema de informática que está sendo adquirido. A gestora disse que o sistema atual é insuficiente e não atende a todas as necessidades.

Capacitação

Durante o período de transição, a SMS investiu na capacitação de servidores administrativos que fazem parte do próprio quadro da secretária para que eles assumam as funções até então desenvolvidas pela OS. Com duração de 12 horas, os servidores tiveram cursos teóricos voltados ao acolhimento, à padronização da maneira de receber os cidadãos que procuram a unidade e à operacionalização dos fluxos de atendimento, tema essencial para compreensão do trabalho que será desenvolvido.

Após as aulas teóricas na Escola Municipal de Saúde (EMS), no Setor Bueno, os funcionários foram direcionados para a sede da Central de Regulação, no Jardim Goiás, onde ocorreu a parte prática. Desde o dia 15, os atendimentos na Central são feitos tanto por funcionários do Idtech quando por servidores da Prefeitura de Goiânia. Os novos funcionários da Central de Regulação de Vagas são servidores efetivos da Secretaria Municipal de Saúde que têm entre as atribuições definidas em concurso atividades semelhantes às que serão desenvolvidas no departamento onde passam a trabalhar.

Precariedade

Em recente entrevista a Altair Tavares na Vinha FM, Fátima Mrué reconheceu que pacientes estão sofrendo para marcar exames, solicitar internações e cirurgias. Ela disse que nos últimos dois meses o sistema de informática se mostrou bastante precário. Ela espera que um novo sistema ajude a solucionar as questões que hoje tem dificultado a vida da população.

“É um sistema que há dois meses tem dado sinais de extrema precariedade. Nós estamos adquirindo um sistema novo, completo, que atende a todas as ações da saúde. Pretendemos implantar este sistema de forma mais emergencial na Central de Regulação para exatamente tentar eliminar a necessidade dos pacientes fazerem viagens, são no mínimo 3 para solicitar exames. Dentro de 60 a 90 dias é o tempo estimado para que o sistema esteja em funcionamento pleno na central de regulação”, declarou.

Economia

Fátima Mrué disse que o sistema será mais econômico para a Prefeitura de Goiânia. A secretária explicou que por mês é gasto no contrato com o Idetch o valor de R$ 770 mil. Ela destacou que o novo sistema será próprio da Prefeitura de Goiânia e custará R$ 4,2 milhões e após um ano para fazer a atualização, caso o Município faça esta opção terá de pagar mais R$ 1 milhão. A gestora ressaltou que o gasto mensal neste caso seria de R$ 80 mil.

“Esse contrato leva em conta com a operação da equipe que é muito competente, mas o sistema é insuficiente, muito limitado. Gera filas, gera uma dificuldade na marcação e no controle. Foi uma medida que tomamos. Vamos substituir este custo mensal de R$ 770 mil por mês para a compra de forma definitiva do sistema, que ao todo vai nos custar ao todo R$ 4,2 milhões, e após um ano a atualização do sistema que é opcional, nós podemos ou não querer a atualização, ela nos custaria R$ 1 milhão por ano. Vamos sair de R$ 770 mil por mês para R$ 80 mil por mês. Um sistema com habilitação legal”, argumentou.

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