Uma série de foguetes foi disparado contra o aeroporto internacional de Cabul, capital do Afeganistão, ferindo cinco civis nesta quarta (27).
Zabihullah Mujahid, um porta-voz do Taleban, reivindicou a autoria do ataque em sua conta oficial em uma rede social. Segundo a agência Reuters, o Estado Islâmico também declarou ser autor do ataque.
Najib Danish, porta-voz do Ministério do Interior afegão, afirmou que um dos foguetes atingiu uma casa próxima ao aeroporto, ferindo as cinco pessoas que se encontravam no local. Segundo Danish, uma das vítimas era uma mulher que não estava “em boas condições de saúde”.
O ataque ocorreu poucas horas após a chegada à cidade do Secretário de Defesa americano, James Mattis, que visita o país junto com o secretário-geral da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), Jens Stoltenberg.
A diretoria do aeroporto informou que todos os voos foram suspensos.
Danish afirmou que forças de segurança cercaram a área de onde acredita-se que os disparos foram feitos. “Uma operação de busca pela polícia está em curso”, disse.
A visita ocorre após o anúncio de uma nova estratégia para o Afeganistão pelo presidente Donald Trump, que prevê a intensificação da campanha militar contra o Taleban.
Em entrevista conjunta com o presidente do Afeganistão, Ashraf Ghani, Mattis chamou o ataque de “um crime cometido por terroristas”.
Assim como Stoltenberg, ele se comprometeu a continuar a apoiar o Afeganistão e a fazer o que for necessário para que o país “não volte a ser um porto seguro para terroristas internacionais”.
“O custo de ficar no Afeganistão é alto, mas o custo de partir é ainda maior”, declarou Stoltenberg. “Se as forças da Otan partissem cedo demais, haveria o risco do Afeganistão voltar a um estado de caos”.
Ele afirmou que a Otan se comprometia a financiar as forças de segurança afegãs até 2020 e que a organização continuaria a enviar cerca de US$ 1 bilhão por ano para esse fim.
O Secretário de Defesa americano disse que os EUA enviaram um adicional de 3000 soldados para auxiliar no treinamento das forças armadas afegãs.
Ele também declarou que Washington apoia um acordo negociado entre Taleban e o governo do Afeganistão. “Quanto mais cedo o Taleban reconhecer que não pode vencer usando bombas, mais cedo a matança acabará”, afirmou. (Folhapress)
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