14 de outubro de 2024
Repercussão • atualizado em 23/11/2022 às 11:46

Associação Goiana do Ministério Público repudia invasão de profissionais do agro ao plenário da Alego

Em nota assinada pelo presidente Benedito Torres, entidade destaca a preservação da democracia com respeito, sem a prática de vandalismo
Produtores rurais invadiram o plenário da Alego durante sessão em que seriam votadas matérias relacionadas à taxação do setor (Foto: Marcelo Mariano/DG)
Produtores rurais invadiram o plenário da Alego durante sessão em que seriam votadas matérias relacionadas à taxação do setor (Foto: Marcelo Mariano/DG)

Após invasão de profissionais do agronegócio ao plenário da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), com atos de vandalismo, registrados nesta terça-feira (22) durante sessão que votaria matérias relacionadas à taxação do setor, a Associação Goiana do Ministério Público (AGMP) divulgou uma nota em repúdio ao ocorrido. Assinada pelo presidente Benedito Torres, a entidade frisa a importância da preservação da democracia e lamenta atos de violência.

“A democracia é pautada pelo respeito ao povo, às normas e às instituições. A Associação Goiana do Ministério Público (AGMP) e a  Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (Conamp) têm lutado arduamente para preservar a democracia brasileira, o que exige o trabalho diário de todos nós. Por isso lamentamos as cenas vistas nesta terça-feira (22/11) na Assembleia Legislativa de Goiás”, destaca. 

A nota enfatiza que a maioria dos trabalhadores do setor não compactua com o ato registrado na Alego. “O Agro é composto por gente que acumula imensos serviços prestados ao Estado e ao País, tenho certeza de que a maioria dos homens e mulheres do campo não coaduna com a invasão de ontem. O respeito ao Legislativo significa respeitar não apenas os nossos legisladores, mas todos os goianos e brasileiros”, pontua, com a ressalva de que a luta da categoria é válida, porém a violência contribui para a derrota da democracia. 

“Os argumentos contrários ao projeto em votação são válidos, fortes e merecem a atenção de toda a sociedade, entretanto devem ser sopesados democraticamente. O uso da força é o primeiro passo para a derrocada da democracia, onde as negociações dão lugar para atos de violência. A invasão ao Poder Legislativo ataca diretamente o Estado de Direito. Que essa página possa ser brevemente virada na história goiana”, conclui o texto da AGMP.
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