O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa nesta quarta-feira (17) do 60º Congresso da União Nacional dos Estudantes (CONUNE), realizado na Universidade Federal de Goiás (UFG), em Goiânia.
Essa é a segunda visita oficial do presidente à capital goiana durante o atual mandato. A expectativa é que Lula fale aos estudantes por volta das 13h40, no auditório do Centro de Convenções da UFG.
O evento reúne mais de 15 mil universitários de todas as regiões do Brasil e marca um dos maiores encontros do movimento estudantil da América Latina. O discurso de Lula deve abordar temas como educação, juventude, democracia, políticas sociais e os desafios enfrentados pelo país.
Palavras de resistência e memória
Na abertura oficial, a presidenta da UNE, Manuella Mirella, destacou a dimensão histórica e política do congresso: “De dimensões continentais, porque acreditamos na democracia e na educação. Antes de nós, estiveram aqui gerações que lutaram contra o nazifascismo, que construíram a campanha da legalidade de Jango, lutaram por democracia em plena ditadura. Aqui estão os jovens que ingressaram na universidade pelo Reúne, pelo ProUni e pelas cotas. Uma luta dos estudantes ouvidas em seus primeiros governos.”
Ela ainda completou: “É por todo esse legado de lutas que carregamos ao vestir essa camisa azul com o mapa do Brasil estampado no peito, para falar que a UNE é uma grande prova de amor ao Brasil. […] É com a diversidade de sotaques presentes nesse plenário que nós vamos cantar bem alto: ‘Eu sou brasileiro, com muito orgulho, com muito amor’.”
Em tom de emoção e compromisso
O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Macêdo, também discursou antes da chegada de Lula. Relembrando sua trajetória no movimento estudantil, ele afirmou:
“É uma emoção muito grande estar de volta ao Congresso da UNE, agora como ministro do presidente Lula. Aqui estive como estudante, como dirigente partidário, como deputado federal. A gente entra naquela porta como estudante e sai dela com compromisso: o compromisso de uma vida inteira em defesa do povo brasileiro.”
Macêdo fez um forte pronunciamento em homenagem às vítimas do acidente que marcou esta edição do congresso: “Essa dor é profunda. Três jovens que saíram do norte do Brasil, do Pará, atravessaram esse país com o sonho de vir aqui no Congresso da UNE. […] É nessa dor que os estudantes do Brasil vão gritar por uma reforma tributária justa, pela taxação dos super-ricos, por um projeto de educação com o Pé-de-Meia, com o ID Jovem, com dignidade.”
Ele encerrou com uma mensagem de resistência: “Se o Brasil é dos brasileiros, o Brasil também é dos estudantes e da juventude. E é de Luís Inácio Lula da Silva!”.
Ministério da Educação
O ministro da Educação, Camilo Santana, também fez um discurso contundente ao lembrar o desmonte encontrado no ministério ao assumir o cargo: “Encontramos o Ministério da Educação destruído, com programas desmontados, secretarias extintas e sem diálogo. Professores e estudantes não eram recebidos no MEC, agora passam a entrar pela porta da frente”.
Ele ressaltou o impacto do governo Lula na retomada de políticas públicas educacionais e no aumento dos recursos para universidades: “Se compararmos o orçamento de 2022 com o de 2024, nós aumentamos em 18% o orçamento das universidades e institutos federais, R$ 13 bilhões a mais. Foram 10 anos sem reajuste nas bolsas de iniciação científica, pós-graduação e permanência estudantil. Isso agora mudou.”
Camilo também lembrou da retomada de obras paralisadas, como a do campus da Universidade da Integração Latino-Americana (Unila), no Paraná: “Uma obra que o presidente ama, a última de Oscar Niemeyer, e que será entregue em março do ano que vem”. O ministro ainda definiu Lula como “o presidente da juventude, da educação, do futuro e da esperança”.
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