Um laudo pericial que procurou identificar a trajetória e distância da bala que atingiu a corretora de seguros, Patrícia Moreira Andrade, de 33 anos indicou que o assassino da moça a executou a cerca de um metro de distância. De acordo com o titular da Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios, Douglas Pedrosa, possivelmente o atirador estava a pé, ou em um veículo mais alto do que o de Patrícia.
“O laudo descarta bala perdida e prova que a vítima foi atingida por um disparo efetuado a menos de dois metros do seu corpo”, explicou.
Patrícia foi encontrada por uma equipe do Corpo de Bombeiros, dentro do carro e baleada na cabeça. A vítima chegou a ser socorrida e passou por cirurgia no Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), mas não resistiu. “O tiro foi direcionado para ela”, afirmou o delegado.
Hipóteses
Duas hipóteses principais neste caso: Homicídio e Latrocínio. Segundo o delegado nenhum dos dois tipos de crimes podem ser descartados neste momento.
Se for latrocínio, Douglas Pedrosa considera um crime com características atípicas. Se for homicídios, está sendo verificado se o crime foi passional, motivado por ciúmes, ou se a morte dela tenha sido provocada por um a questão patrimonial.
O titular da DIH não descartou a hipótese de Patrícia ter sido confundida com outra pessoa ou até mesmo o carro em que ela estava.
“A gente trabalha com a tese de homicídio motivado ou não e também latrocínio. A gente pode trabalhar ainda com a tese de que a vítima pode ter sido confundida com outra pessoa”, afirmou.
Até o momento a única hipótese descartada foi que a morte da corretora teria sido provocada por uma bala perdida.
Dificuldades
De acordo com Douglas Pedrosa, a polícia tem várias horas de imagens que podem auxiliar na resolução do crime, ocorrido no último sábado (9), no setor Sudoeste. No entanto, outra imagens deixaram de ser captadas.
No momento em que Patrícia foi baleada, ela acabou perdendo a direção do veículo. A roda dianteira direita do veículo dela bateu no poste. Com o impacto provocado pelo choque, houve queda na rede de energia elétrica da região, o que dificultou que a polícia conseguisse obter imagens do momento da fuga do assassino.
Uma testemunha informou à polícia que conseguiu ouvir o barulho do disparo de arma de fogo, mas não foi possível saber por onde que a fuga ocorreu.
“Infelizmente não ouvimos muita coisa Quase nada foi descoberto. Quem souber de algo pode ligar no telefone 197 ou no 3201-1218”, afirmou.
Outro ponto de dificuldade é relativo ao celular de Patrícia. O aparelho ainda permanece bloqueado e ninguém sabe a senha. A expectativa é que algumas informações no equipamento possam ajudar a polícia. Ela teria usado o aparelho momentos antes do crime.
Suspeitos
Segundo o delegado há dois suspeitos neste caso. Até o momento já foram ouvidas 12 pessoas. O titular da DIH descartou a participação de um homem que estava num posto de gasolina. Patrícia havia passado por este estabelecimento antes de seguir para casa.
No caminho, um motociclista chegou a ficar ao lado de Patrícia, possivelmente num semáforo, mas a polícia não tem pistas se ele teria participado ou não do crime.
Exames periciais e cadavéricos já foram providenciados e diligências estão sendo realizada para identificar a autoria do assassinato.
“Familiares da vítima, pessoas que estavam num bar onde a vítima estava antes e num posto de combustíveis. Estamos ouvindo pessoas que tinham forte amizade com a Patrícia. Queremos saber cada segundo onde ela saiu do posto”, explicou.
Ajuda
O irmão de Patrícia, Plínio Moreira fez um apelo para que a polícia não desista do caso, que continue se empenhando. Ele pediu ajuda da comunidade.
“Não temos nenhuma suspeita específica do que pode ter acontecido com ela, até mesmo alguém para acusar. É muito difícil. O caso é muito difícil. A gente sabe da complexidade. Não há um motivo para acontecer. A gente pede pra polícia que este caso seja solucionado, porque o tempo vai passando e vai ficando mais difícil”, relatou.
Plínio ressaltou que a irmã era muito cautelosa no trânsito, era uma pessoa muito querida por todos. Ele destacou que foi um susto muito grande quando soube que a irmã estava ferida.
“Ficamos sabendo da morte porque um bombeiro encontrou um cartão de um colega da Patrícia que era antigo proprietário do veículo que ela tinha. O bombeiro entrou em contato com ele, ele entrou em contato comigo. Num primeiro momento eu achei que o acidente era mentira porque ela sempre andou muito devagar, com o cinto. Foi um susto, achei que era um trote”, destacou.
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