A Associação dos Magistrados do Estado de Goiás (Asmego), por meio de nota, assinada pelo presidente da entidade Wilton Müller Salomão, repudiou o ataque ao Fórum de Goiatuba, na região sul do Estado. Segundo o Corpo de Bombeiros Militar, o local foi invadido, na madrugada da última quarta-feira (10), por dois homens que, após renderem o segurança que fazia a vigilância no local, atearam fogo ao prédio.
De acordo com a Asmego, a associação vê o incêndio com extrema indignação e se colocou solidária e à disposição dos magistrados Marcus Vinícius Alves de Oliveira, diretor do Foro da comarca de Goiatuba, e juízas Sabrina Rampazzo de Oliveira e Débora Letícia Dias Veríssimo, que atuam no município.
A entidade destaca que o atentado evidencia a fragilidade da segurança dos fóruns goianos, expondo a riscos graves a vida de magistrados, servidores, demais operadores de Direito e da própria população, que recorre à Justiça diariamente em busca de solução para suas demandas.
“O Poder Judiciário e as demais instituições que compõem o sistema de Justiça em Goiás têm sido alvos constantes do crescimento vertiginoso da violência, haja vista o atentado ao gabinete do do juiz de Direito Wander Soares Fonseca, da 2ª Vara Cível e Criminal da comarca de Iporá, no dia 29 de maio; o ataque ao advogado Walmir Oliveira da Cunha, durante o exercício de sua atividade laboral, em Goiânia, no dia 14 de julho; e o tiroteio envolvendo um réu na comarca de Senador Canedo, nesta semana.
A ASMEGO chama a atenção do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO) para que o órgão dê prosseguimento imediato à redação final e implementação do plano de segurança institucional para todas as comarcas do Estado. É inadmissível que casos como esses continuem ocorrendo.
O incêndio no Fórum de Goiatuba é uma afronta ao Estado Democrático de Direito e causa danos profundos ao Poder Judiciário, bem como a toda sociedade”, diz a nota.
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