21 de dezembro de 2024
Relações Internacionais • atualizado em 15/09/2022 às 13:49

As propostas dos candidatos a governador para a área internacional

Diário de Goiás compilou ideias dos governadoriáveis que, de alguma forma, tratam sobre o assunto
Palácio das Esmeraldas, sede do governo goiano (Foto: Divulgação)
Palácio das Esmeraldas, sede do governo goiano (Foto: Divulgação)

Apesar de Goiás estar geograficamente distante dos principais acontecimentos internacionais, o que ocorre no exterior, já que o mundo está cada vez mais conectado, tem impactos diretos no estado. A guerra entre Rússia e Ucrânia e o consequente aumento do preço dos alimentos não deixam mentir.

Do ponto de vista constitucional, a paradiplomacia, isto é, a atuação internacional de estados ou municípios, não está regulamentada, o que apresenta barreiras para a área. A política externa fica, portanto, sob a responsabilidade direta do governo federal.

No entanto, os entes subnacionais podem e devem ter um olhar específico para as questões internacionais a fim de defender seus próprios interesses. Parcerias de estados-irmãos, atração de investimentos e intensificação de laços culturais são apenas alguns dos exemplos.

Com base em pesquisa nos planos de governo registrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e em declarações públicas, o Diário de Goiás compilou abaixo propostas dos candidatos a governador que, de alguma forma, tratam sobre o assunto.

Ronaldo Caiado (União Brasil)

  • Criar plano, em parceria com entidades do setor privado, para aumentar a exportação de produtos manufaturados de Goiás, identificando áreas de maior potencial, desburocratizando e agilizando procedimentos relacionados ao comércio exterior e fomentando um ambiente de incentivo às exportações;
  • Avaliar a criação de Terminais Alfandegados ou de Zona de Processamento de Exportações (ZPE), associada ao Porto Seco, com vistas a captar investimentos estrangeiro para instalação de indústrias e prestadores de serviços, com objetivo de gerar emprego e renda para a população goiana;
  • Ampliar a participação do Estado em feiras nacionais e internacionais para divulgação e promoção dos destinos turísticos goianos;
  • Fortalecer o posicionamento dos destinos de Goiás no mercado turístico nacional e internacional por meio de branding exclusivo e da segmentação turística;
  • Fomentar ações coordenadas de divulgação e promoção entre públicos formadores de opinião qualificados segmentados (press trips, fan tours, road shows), e promover e divulgar as potencialidades do estado em eventos e feiras nacionais e internacionais;
  • Criar um programa de fomento para apoio em premiações nacionais e internacionais em empreendedorismo e inovação.

Gustavo Mendanha (Patriota)

  • Recriar a Investe Goiás e agregar à sua estrutura as atribuições de Relações Internacionais, que hoje estão distribuídas entre a Secretaria-Geral da Governadoria, a Secretaria de Desenvolvimento e Inovação, e a Secretaria de Indústria e Comércio;
  • Instalar escritórios de representação em outros países, a partir de parcerias com instituições privadas, especialmente as câmaras de comércio exterior;
  • Ampliar o atendimento do Programa de Qualificação para Exportação (Peiex), mostrando ao pequeno e médio empresário as oportunidades que o mercado internacional oferece para o crescimento de seu negócio;
  • Realizar acordos de cooperação técnica com cidades como Auckland e Queenstown, da Nova Zelândia, para construção de um plano para transformar o estado em referência internacional para turismo de aventura e ecoturismo;
  • Instituir o Conselho Estadual de Relações Internacionais e Comércio Exterior;
  • Estimular e promover a realização de intercâmbio de servidores públicos com órgãos nacionais e internacionais.

Major Vitor Hugo (PL)

  • Atuaremos, em parceria com atores privados e serviços sociais autônomos, a fim de sensibilizar empresários quanto à relevância de internacionalizar a produção goiana. Para isso, desenvolveremos capacitações e programas de abertura de novos mercados por meio de missões conjuntas empresariais e governamentais, participação em feiras e visitas técnicas internacionais, parcerias nacionais e internacionais, encontro de negócios e utilização de ferramentas de inteligência comercial. A proximidade de Goiás com as embaixadas sediadas em Brasília nos oferece oportunidades de promoção do comércio exterior ainda não aproveitadas integralmente pelos nossos empresários, em particular, os localizados no entorno da capital federal. Iremos modificar essa realidade, com incentivos, treinamentos, estudos e ações efetivas de nossas futuras secretarias;
  • Desenvolveremos ações para aprimorar os processos de gestão nas empresas por meio da adoção de práticas de excelência com base nos critérios do Prêmio Nacional da Qualidade (PNQ), incentivando a certificação de processos e produtos goianos e intensificando o uso de modelos de excelência em gestão e fomento à cultura do empreendedorismo e da internacionalização dos negócios;
  • Em parceria com a Embratur, incluiremos novos municípios e atrativos goianos para a divulgação internacional visando fomentar o turismo internacional em Goiás;
  • Desenvolveremos ações de inclusão digital para cidadãos de todas as idades em parcerias públicas e privadas. Para tanto, alinharemos as políticas públicas estaduais aos programas para inclusão, além de explorarmos formas de cooperação e financiamento junto a organizações internacionais, com o intuito de capacitar a mão de obra goiana e diminuir desigualdades sociais;
  • Viagens de estudo, intercâmbios, participações em feiras e eventos internacionais, entre outros serão possíveis prêmios concedidos às crianças e aos adolescentes que se mostrarem mais aplicados e diligentes.

Wolmir Amado (PT)

O candidato Wolmir Amado não incluiu pautas internacionais em seu plano de governo. Porém, durante sabatina realizada pelo Fórum Empresarial, no dia 29 de agosto, ele afirmou a empresários que pretende estimular o comércio internacional.

“Queremos convergir essa agenda de comércio internacional aqui no estado e com Lula no Brasil abrir frentes de comércio internacional. Com o agro, com a China e com outros grandes países consumidores”, disse. “Foco no comércio internacional. Tenho alegria de ter Fernando Tibúrcio como vice, que é dessa área.”

Edigar Diniz (Novo)

  • Vamos constituir uma comissão de especialistas para a captação e gestão de aplicação de novos recursos para a Saúde, tanto nacionais quanto internacionais;
  • Realizar diagnóstico na infraestrutura de acesso, entretenimento, hospedagem e das redes de restaurantes nas principais atrações com potencial de se tornarem locais de visitação internacional;
  • Divulgar ostensivamente as atrações turísticas de potencial internacional no exterior;
  • Divulgaremos, no Brasil e no exterior, o agronegócio goiano como exemplo de responsabilidade ambiental e social. Combateremos discursos de competidores comerciais ou de opositores políticos que imputam ao agronegócio goiano problemas inexistentes.

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