07 de agosto de 2024
Política

“As pessoas já estão cansadas disso”, diz presidente do PSDB sobre críticas de Caiado a Marconi

Presidente do PSDB e também prefeito de Trindade, Jânio Darrot - Foto: Altair Tavares.
Presidente do PSDB e também prefeito de Trindade, Jânio Darrot - Foto: Altair Tavares.

Em entrevista a rádio Bandeirantes Goiânia, em parceria com o Diário de Goiás, o presidente do PSDB e também prefeito de Trindade, Jânio Darrot explicou que o partido faz um oposição responsável ao governo de Caiado e afirmou em relação as críticas ao ex-governador Marconi Perillo que “as pessoas já estão cansadas disso”.

Darrot demonstrou que é amigo próximo de Perillo e aproveitou o momento para compartilhar que o conhece desde 2007, quando decidiu entrar na vida pública. A partir disso, os dois seguiram na política em Goiás. Darrot destaca o trabalho que foi deixado pelo tucano em seus 20 anos de governo.

“Um governador que deixou um legado muito grande nesse Estado, obras importantíssimas desde a infraestrutura pesada, em rodovias, viadutos passando pelas obras civis de construção de grandes hospitais, de melhorias de outros, na saúde, na educação e todas as questões”, afirma.

Em relação as críticas completa que sobre o possível sumiço de um objeto no Palácio das Esmeraldas “um homem da postura de Marconi Perillo jamais desceria a esse nível, isso é uma coisa lamentável, eu acho que não é por ai”.

O governador Ronaldo Caiado se refere com frequência ao governo  em tom de crítica, fala de desmonte da gestão e que o governo dele está consertando o passado. E essa crítica da falta do objeto no Palácio estaria no contexto disso, alguns até avaliam que Caiado pensa demais no passado ao invés de olhar o futuro, no sentido de que a gestão dele precisa olhar para frente. No caso, o PSDB tem essa missão de ficar defendendo o Marconi contra o Caiado?

Não de maneira nenhuma. Até achamos que esse assunto já exauriu que as pessoas já estão cansadas disso. As pessoas querem ver é serviço, as ações de governo que realmente melhorem a vida do cidadão. O que nós não queremos e que a população não quer ver é manchete nos jornais como o Vapt -Vupt que está a cada dia perdendo qualidade de serviço, com as pessoas esperando quatro a seis horas. Então, o povo quer ver a ação do governo, no caso da oposição, nós estamos fazendo um trabalho dentro do PSDB de oposição ao governo de forma responsável. Nós não vamos baixar a questão de ataques pessoais, a questão pessoal quando tem alguma coisa que é pessoal entre governador Ronaldo Caiado e o ex-governador Marconi Perillo, cabe ao Marconi então, fazer a sua defesa como ele fez.

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Lógico que nós como partido, amigos que somos, companheiros e nós o respeitamos, a gente procura nos posicionar, mas essa é uma questão que sai do campo  da política e vai para uma questão pessoal. E sabemos que existe uma questão pessoal antiga que vem de anos entre os dois. Agora, o que fazemos de oposição séria e responsável é apontar os erros e falhas do governo. É nos posicionar na hora de um desmonte do Vapt-Vupt , o desmonte do Crer , a hora que nós vemos uma UEG agonizando, a hora que vemos um programa Jovem Cidadão, onde os jovens não estão tendo oportunidade de ter uma formação técnica e ter uma oportunidade melhor no mercado de trabalho, a hora que a gente vê que o transporte urbano está sendo abandonado, está sendo motivo de desinteresse do governo querendo até parar a Metrobus . O passe livre estudantil, ai o PSDB se posiciona, nós não criamos factoides, Fake News  para tentar criar situações embaraçosas para o governo não, trabalhamos somente dentro daquilo que o governo tem de fazer pelo povo.

O senhor citou o transporte coletivo, e foi o primeiro a reagir sobre a questão saída da Metrobus da extensão do Eixo Anhanguera, mas o governo insiste em privatizar esse sistema…

Eu fui secretário da região metropolitana em 2011 e um dos projetos que fizemos lá dentro além do VLT, foi a extensão do Eixo Anhanguera. O VLT faria dos 13,5KM que seria do Padre Pelágio até o terminal do Novo Mundo e a Metrobus passaria a operar então, as três extensões. Esse projeto foi desenvolvido lá atrás e estudado por anos e depois implantado. Eu participei desse inicio, sou prefeito de Trindade defendo os interesses da minha população e preocupo também com Goianira e Senador Canedo e então, eu fui realmente o primeiro a manifestar.

O senhor deu uma declaração recentemente sobre a questão do Fica, que é um festival de proporções internacionais e mais uma vez essa questão do desmonte. Este é o momento politicamente mais sensível do senhor dentro do PSDB , tendo que fazer essa defesa talvez de todo o legado do Marconi Perillo e do próprio PSDB também?

Em política existe duas situações, ou você é situação ou você é oposição e uma outra que talvez seja neutra mais isso ai não é o papel de um partido grande como o PSDB. É um partido que tem posição, nós fomos governo durante 20 anos e nós soubemos trabalhar com a oposição.

A oposição é muito importante, você não pode ter numa democracia todos simplesmente dizendo que está tudo as mil maravilhas. Você imagina um governo, aonde ele não tem oposição, isso não é democracia. A oposição tem sim um papel importantíssimo na democracia e na administração de um Estado.

É o momento mais sensível para o senhor dentro do PSDB?

Exatamente, mas é porque justamente nós estamos fazendo o nosso papel. Você imagina se não tiver um PSDB hoje, com o posicionamento de uma oposição que vai de confronto com  aquilo que é de interesse do povo. Eu vou citar um exemplo, aquela ponte do exército que foi feita lá na GO-060 perto de Iporá, aquela ponte só passa um veículo, teve acidentes, está dando um transtorno muito grande para aquela região que liga Goiás a cidades importantes. Então, nós automaticamente temos sempre alertado o governo que aquela situação ali tem que ser resolvida imediatamente.

Não podemos ficar diante de uma situação dessas, esse é o nosso papel. Se nós estivéssemos ai  falando que está tudo bem, ai seriamos irresponsáveis. Nós temos que fazer oposição, porque o partido de oposição ele tem por obrigação fazer uma oposição para alertar o governo para que as coisas possam ter um andamento melhor.


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