09 de agosto de 2024
Cidades • atualizado em 13/02/2020 às 10:10

“As fugas são decorrência de uma infraestrutura prisional muito frágil”, diz Balestreri

Secretário de Segurança Pública, Ricardo Balestreri. (Foto: Diário de Goiás)
Secretário de Segurança Pública, Ricardo Balestreri. (Foto: Diário de Goiás)

Questionado pelo Diário de Goiás sobre as fugas de detentos em unidades prisionais de Goiás durante o feriado de Natal, o secretário de Segurança Pública e Administração Penitenciária (SSPAP-GO), Ricardo Balestreri, ressaltou que as fugas ocorrem devido à falta de estrutura dos prédios.

“A Polícia Militar, junto com as forças de segurança prisionais, estava já de prontidão antes do Natal. O problema é que ao longo de muitos anos, temos tido nos últimos anos com período de fugas. As fugas são decorrência de uma infraestrutura prisional muito frágil. São presídios muito ruins do ponto de vista predial, são puxadinhos, são gambiarras que foram sendo construídas ao longo dos anos”, disse.

No entanto, o objetivo da Secretaria é melhorar as estruturas dos presídios, inclusive com a redução das 142 unidades em todo o estado, que abrigam cerca de 19 mil detentos, pela metade.

“Vamos transformar um sistema prisional de 142 unidades, com 19 mil presos. […] Precisamos enxugar isso, precisamos reduzir à metade, a lei aprovada [pela Assembleia Legislativa] prevê isso, que vai haver um período de transição. Reduzindo a metade vamos recompor o volume de agentes prisionais”, afirmou.

Com os anos, a expectativa da SSPAP, também devido a um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), é fazer a substituição de todos os agentes penitenciários temporários por concursados.

“Mais fugas teriam ocorrido se não tivéssemos montado um esquema de inteligência e prevenção. Isso é uma decorrência das falhas de décadas acumuladas, em Goiás e no Brasil, de um sistema prisional que conta com um pequeno número de agentes e com prédios muito inadequados. Precisamos reformar e estamos para inaugurar além dessas cinco unidades robustas várias novas unidades pelo interior que são mais adequadas e mais dignas para a contenção dos presos”, concluiu.

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