A arrecadação tributária aumentou em Goiás, R$ 1 bilhão no 1º semestre de 2016, na comparação com o mesmo período do ano passado. De acordo com a secretária da Fazenda, Ana Carla Abrão Costa, mesmo com a grave crise econômica que aflige o país, Goiás manteve a tendência de crescimento de suas receitas próprias, embora seja numa taxa menor que apresentada em períodos anteriores.
A declaração foi dada pela secretária ao governador Marconi Perillo (PSDB), durante inauguração de uma unidade da Secretaria da Fazenda na Cidade de Goiás. A arrecadação tributária registra os ingressos provenientes das receitas de impostos e taxas de competência do setor público estadual, como: ICMS, IPVA, ITCD e outras Receitas Tributárias (taxas, multas e outros). O imposto de renda retido na fonte (IRRF) sobre rendimentos pagos pela administração direta e indireta também são incluídos na receita tributária estadual.
“Aproveitamos para divulgar um número parcial do ano que representa uma grande vitória do Fisco, e da equipe da Fazenda, em trazer um aumento da arrecadação significativo num momento em que vários estados estão tendo queda nominal de arrecadação tributária, no caso de Goiás tivemos R$ 1 bilhão a mais do que no ano anterior”, explicou.
Segundo a secretária Ana Carla Abrão Costa, o crescimento das receitas no primeiro trimestre está relacionado com a antecipação do pagamento do IPVA.
“Isso foi fundamental para que a gente conseguisse olhar para crise pelo retrovisor, olhar para a crise numa situação de que o pior já passou, claro que há efeitos de antecipação do IPVA, há uma série de esforços que foram feitos no 1º semestre que não vão se repetir no segundo, mas nossa função é buscar outros esforços para manter a trajetória de crescimento e a capacidade de gerar receitas e ter recursos para retornar em benefícios para a sociedade dentro de uma normalidade, dentro de uma situação que de fato a crise ficou para trás”, destacou.
A secretária admite que no decorrer do ano será preciso procurar outras fontes de receita. Ana Carla Abrão Costa avalia que não é possível no momento dizer se houve crescimento real, que é o crescimento levando em consideração indicadores econômicos, entre eles a inflação.
“Estamos falando de um crescimento nominal de R$ 1 bilhão, não podemos ainda falar em crescimento real, mas nós estamos trabalhando para até o final do ano a gente comemorar um crescimento real nas receitas do estado”, avaliou.
Data Base
Mesmo com o aumento das receitas, Ana Carla Abrão Costa, avalia que não está definida a questão do pagamento da Data Base do funcionalismo público, que deveria ter sido aplicada no mês de maio.
“São questões que a gente vai precisar discutir, nós temos que garantir neste momento a retomada da normalidade, a superação da crise e portanto são questões que precisam ser discutidas com muita cautela. Eu pretendo procurar o Ministério Público para apresentar os números e mostrar a situação do estado, uma situação que hoje está mais na situação do equilíbrio, senão colocamos a perder todo um esforço feito já há um ano e meio”, ressaltou.
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