A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, informou nesta quarta-feira (25) que a lama de rejeitos de minério da Samarco, que vazou no rompimento de duas barragens em Mariana, Minas Gerais, não irá afetar o Arquipélago de Abrolhos, na Bahia, nem os manguezais de Vitória, no Espírito Santo.
Para a ministra, as correntes marítimas vão para o sul nesta época do ano, tradicionalmente, e a lama irá se dispersar dentro das projeções. “Estamos avaliando a dimensão do acidente para entender o comportamento [da lama] no mar. A dimensão da dispersão da pluma var dar clareza de como isso vai impactar no mar, mas afeta os crustáceos, os microrganismos”, disse.
O Arquipélago de Abrolhos está localizado no Oceano Atlântico, na Bahia, a 250 quilômetros da foz do Rio Doce, que foi afetado pela lama, e a 150 quilômetros de Vitória. Segundo Izabella, a Bacia do Rio Doce já possuía um cenário de degradação ambiental por falta de tratamento de esgoto e garimpo.
“Recuperar o Rio Doce é possível em um compromisso de longo prazo. Já tínhamos um quadro grave, e agora um quadro crítico. Levará tempo, mas teremos que fazê-lo. Não dá para abrir mão do Rio Doce. Façamos desse desastre um exemplo de recuperação ambiental nesse país”, ressaltou a ministra.
O Instituto Brasileiro de Meio ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) aplicou multa no valor de R$ 250 milhões à Samarco na semana passada, que será recolhida pelo Tesouro Nacional. No entanto, até segunda-feira (23), a multa ainda não havia sido paga.
O caso
No dia 5 de novembro a estrutura de duas barragens de rejeitos foram rompidas em Mariana, em Minas Gerais. O desastre destruiu o Distrito de Bento Rodrigues e desabrigou mais de 900 pessoas. A lama chegou ao Rio Doce e afetou o abastecimento de água de cidades mineiras e do Espírito Santo. A Samarco é propriedade das empresas Vale e BHP Biliton.
Com informações da Agência Brasil
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