15 de agosto de 2024
Política

Aristides Junqueira: “O Brasil seria muito melhor se ele fosse um grande Goiás”

O procurador-geral da República aposentado Aristides Junqueira Alvarenga agradeceu ao governador Marconi Perillo pela deferência de homenageá-lo com título de cidadania goiana, depois de ele ter passado como promotor de Justiça pelas comarcas de Santa Cruz, Porangatu, Palmeiras e Goianésia, e ter chegado ao auge da carreira como Procurador-Geral da República. “O Brasil seria muito melhor se ele fosse um grande Goiás”, afirmou.

Aristides disse que a noite de hoje representou para ela uma volta há 49 anos, quando recém formado, em 1967, se atreveu a prestar concurso público para promotor de Justiça em Goiás, na época único candidato de fora do Estado de Goiás e primeiro colocado no concurso.

Visivelmente emocionado, o procurador disse que Goiás lhe ensinou muito e o tempo mais feliz de sua vida foi quando era promotor de Justiça em Goiás. “Foi aqui que pude fazer um trabalho perante a sociedade e em benefício da sociedade”.

O procurador não se esqueceu até mesmo dos locais onde as provas se realizaram, no prédio da Universidade Católica de Goiás (UCG), hoje Pontifícia Universidade Católica de Goiás. Aristides lembrou-se dos três goianos que presidiram a banca examinadora do concurso: Arinan Loyola Fleury, Nidion Albernaz e José Pereira da Costa.

O procurador também falou com carinho de sua passagem pelas comarcas goianas e revelou que, “do fundo do coração”, Goiás foi a forja de sua carreira profissional e o período mais feliz de sua vida.

Ao agradecer a homenagem por parte de Marconi Perillo, proposta quando o governador ainda era deputado estadual em 1992, Aristides disse que naquela época “já se sentia goiano”, condição que tornou-se agora de fato e de direito. “Meus mestres foram muitos e a saudade deles está doendo no peito”, arrematou, sem esconder a emoção.

Além do governador, do vice-governador José Eliton, do procurador-geral de Justiça, Benedito Torres e do desembargador Norival Santomé, os presidentes do TCE e TCM, participaram da homenagem os secretários Ricardo Balestreri (Segurança Pública), João Furtado (Sefaz), Vilmar Rocha (Cidades e Meio Ambiente), Lêda Borges (Secretaria Cidadã), Raquel Teixeira (Educação), João Gomes e Sandes Júnior (Extradordinários), dentre outras autoridades.

Currículo do homenageado– Aristides Junqueira Alvarenga é mineiro de São João Del Rei, nascido em 2 de março de 1942 e filho de Luís de Melo Alvarenga e de Alice Junqueira Alvarenga. Formou-se em direito pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), entre os anos de 1963 e 1967. No ano de 1968 foi aprovado, em concurso público, para o cargo de promotor de justiça no Estado de Goiás, tendo atuado nas Comarcas de Santa Cruz de Goiás, Porangatu, Palmeiras de Goiás e Goianésia até o ano de 1973.

Ainda em 1973, ocupou o cargo de chefe de gabinete do secretário de Segurança Pública do Estado de Goiás. Nesse ano obteve nova aprovação em concurso público, sendo nomeado, em novembro, ao cargo de Procurador da República de terceira categoria e atuado junto às varas da Justiça Federal especializadas em matéria penal, em São Paulo.

Indicado para exercer o cargo de Procurador-Geral da República, em 20 de junho de 1989, teve seu nome aprovado pelo Senado Federal, tomando posse em 28 de junho de 1989, para exercer um mandato de dois anos. Foi reconduzido ao cargo para mais um mandato de dois anos (28 de junho de 1991 a 30 de junho de 1993) e novamente para outro biênio (30 de junho de 1993 a 28 de junho de 1995).

No ano de 1978, publicou o livro “A competência criminal da Justiça Federal de primeira instância”. Aristides Junqueira foi, ainda, membro da Coordenação do Programa de Combate à Corrupção do Instituto Cidadania, órgão ligado ao PT; e diretor da Fundação Pedro Jorge da Associação Nacional dos Procuradores da República.

O homenageado lecionou em Goiás de 1971 a 1972; no curso de estágio da Faculdade de Direito das Faculdades Metropolitanas Unidas em São Paulo em 1974; na Academia Nacional de Polícia em Brasília em 1982; e, no Centro de Ensino Unificado de Brasília (Ceub), entre os anos de 1982 e 1985. Aristides Junqueira vem participando de vários conselhos, grupos de trabalho e comissões examinadoras de concursos públicos e profere inúmeras palestras e conferências.

Advogado da Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (Conamp), obteve do Superior Tribunal Federal, por unanimidade, a declaração de inconstitucionalidade pela Emenda Constitucional n. 45, de 2004, que transferia ao Procurador-Geral da República a escolha de três representantes dos MPs estaduais no Conamp.


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