Francisco Arce, 45 anos, não tem ilusões. Com o Paraguai na sétima colocação das eliminatórias para a Copa do Mundo, o técnico da seleção precisa de um bom resultado contra o Brasil, nesta terça (28), no Itaquerão. Ao mesmo tempo, sabe o tamanho da tarefa de jogar fora de casa contra o primeiro colocado na tabela. Classificam-se os quatro melhores para o Mundial do próximo ano.
“Necessitamos que seja um dia perfeito”, resumiu, em conferência de imprensa nesta segunda (27) à noite, em um hotel próximo ao Aeroporto de Guarulhos. “Teremos de ser muito precisos para golpeá-los quando tivermos oportunidade. Temos todas as informações para uma grande atuação”.
Para tentar ajudar seus jogadores, ele buscou dados e conselhos com técnicos que conhece no futebol brasileiro, assim como ex-companheiros de Grêmio e Palmeiras. Ele também apelou para Ángel Romero. O atacante é o maior artilheiro da história do Itaquerão, com 16 gols. Foi dirigido por Tite, técnico da seleção brasileira, no Corinthians.
“Tenho muitos amigos, ex-companheiros e as informações hoje em dia são difíceis de ser guardadas. Informação que temos é suficiente para fazer o planejamento para o jogo. Falei bastante com ele [Ángel Romero]. Perguntei muitas coisas. Mas ele não está confirmado [como titular] ainda”, disse o treinador.
Com 18 pontos, o Paraguai pode chegar à quinta posição, que dá vaga na repescagem, se vencer o Brasil, desde que a Colômbia derrote o Equador e o Chile perca para a Venezuela.
Não é uma situação confortável e Arce reconhece isso. Tanto que sequer faz contas para a classificação mais.
“Abandonei a calculadora há algum tempo”, confessa.
O Paraguai conseguiu bons resultados como visitante, com a vitória sobre a Argentina. Mas teve placares ruins em casa. Como a goleada por 4 a 1 sofrida diante do Peru.
O pedido do treinador é para os jogadores paraguaios ficarem tranquilos. Não se enervarem com a perspectiva da partida.
“Desde ontem [domingo] estamos muito dedicados a deixar nosso time o mais calmo possível para fazer rum grande jogo. Não tem jeito, não é? É como vocês [brasileiros] falam aqui: se correr o bicho pega, se ficar o bicho come”.
Mas no fim, Francisco Arce comentou sobre a invencibilidade de Tite na seleção e a possibilidade de derrota:
“Sempre tem a primeira vez.”
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