Aprovados em concurso da Educação da Prefeitura de Goiânia realizado no ano passado fizeram protesto na manhã desta quarta-feira (18) em frente ao Paço Municipal. Eles cobraram do prefeito da capital, Iris Rezende (PMDB) e do secretário de Educação e Esporte, Marcelo Ferreira da Costa e Souza a convocação. A manifestação contou com a participação de integrantes do Sindicato Municipal dos Servidores da Educação de Goiânia (SIMSED).
“Hoje nós temos uma situação de déficit na Rede Municipal de Educação e mesmo assim faltando funcionários nas escolas, com concurso feito, já legalizado, o prefeito resolveu chamar contratos temporários ao invés de trabalhadores efetivos. Isso é uma coisa absurda que fere a constituição”, afirmou o integrante do Simsed, Antônio Gonçalves.
Raíssa Martins Silva é servidora e trabalha na Obra do Berço na Vila Nova. Ela, teme uma sobrecarga por falta da convocação dos efetivos. “Nós vamos ficar sobrecarregados porque não tem efetivo. Quase todos na minha instituição são contratos temporários. Se não renovar os contratos ou não convocar os concursados teremos sobrecarga porque não tem efetivo. Corre o risco de um atendimento ser inadequado para as crianças”, destacou.
Em relação os contratos temporários, foi publicado no Diário Oficial desta terça-feira (17), decreto do prefeito Iris Rezende que renova os contratos dos temporários da educação. No entanto, não está especificada a quantidade de contratos.
Em nota a Secretaria Municipal de Educação e Esporte (SME) alegou que a prioridade da gestão é qualificar o quadro de professores e administrativos com a nomeação de servidores efetivos e que os procedimentos para dar início à primeira convocação de aprovados no concurso público, regido pelo Edital 01/2016, estão em andamento. Foi argumentado que, recentemente, após o término da vigência da lei eleitoral com a posse dos eleitos no último dia primeiro, é que as convocações passaram a ser permitidas à Administração Municipal.
Outra justificativa apresentada na nota é de que a Secretaria de Educação não optou pela renovação de contratos em detrimento à convocação de concursados. Os dois processos caminham paralelamente. Entretanto, a prorrogação de contratos é necessária para viabilizar o início do ano letivo, que ocorre no próximo dia 23, visto que os concursados, após a convocação, têm até 30 dias para tomarem posse nos cargos.
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