A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado aprovou nesta quarta-feira (20) o Projeto de Lei 4047/2023, de autoria da deputada federal Flávia Morais (PDT-GO), que cria a campanha Agosto Branco, voltada à conscientização nacional sobre o câncer de pulmão. A proposta segue agora para sanção presidencial.
Segundo dados do Radar do Câncer, a estimativa é de que o Brasil registre 32.560 novos casos da doença a cada ano entre 2023 e 2025, sendo 18.020 em homens e 14.540 em mulheres. O câncer de pulmão é atualmente o quarto mais incidente no país.
Em escala global, a gravidade do cenário é ainda mais evidente. De acordo com a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), o câncer de pulmão foi o tipo mais comum no mundo em 2022, com 2,5 milhões de novos casos, representando 12,4% de todos os diagnósticos de câncer.
Diagnóstico precoce pode salvar vidas
A deputada Flávia Morais ressaltou que a criação do Agosto Branco pode ampliar a detecção precoce da doença, fator essencial para aumentar a sobrevida dos pacientes. “A maioria dos diagnósticos ainda ocorre em fases avançadas, mas a sobrevida pode aumentar em até 56% quando a doença é descoberta precocemente”, destacou.
O relator do projeto no Senado, senador Dr. Hiran (PP-RR), também frisou a relevância da campanha para a prevenção. “A campanha poderá reforçar medidas de prevenção e orientar a população sobre os serviços de saúde disponíveis”, afirmou. Ele lembrou que, embora o tabagismo seja o principal fator de risco, estudos recentes já identificaram pelo menos 29 outros agentes associados ao desenvolvimento da doença.
O que prevê o Agosto Branco
Com a sanção presidencial, o Agosto Branco entrará para o calendário nacional de campanhas de saúde. A iniciativa prevê a mobilização de órgãos públicos, instituições de ensino e entidades civis na promoção de atividades de conscientização sobre os sintomas, formas de prevenção, diagnóstico e tratamento do câncer de pulmão.
A expectativa é de que a campanha se torne um instrumento para incentivar hábitos saudáveis, ampliar o acesso à informação e reduzir o impacto de um dos tipos de câncer mais letais do mundo.
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