14 de novembro de 2024
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Aprovado em primeira votação, projeto pode antecipar eleições da mesa-diretora na Câmara dos Vereadores

Nove partidos, que elegeram 11 vereadores, tiveram cota feminina abaixo de 30% nas eleições. (Foto: Samuel Straioto/DG)
Nove partidos, que elegeram 11 vereadores, tiveram cota feminina abaixo de 30% nas eleições. (Foto: Samuel Straioto/DG)

Parlamentares da Câmara dos Vereadores de Goiânia aprovaram na manhã desta terça-feira (22/09), um projeto de resolução que aumenta os cargos na mesa diretora e abre prerrogativa para antecipar as eleições na Casa, caso o pleito seja convocado com 48 horas de antecedência. “A mesa diretora pode convocá-la na hora que ela bem entender”, explica o vereador Juarez Lopes (PDT) ao Diário de Goiás.

Lopes é autor dessa emenda que permite que a Casa possa convocar as eleições à toque de caixa. Ele defende a aprovação pois amplia a participação de mais vereadores nas decisões diretivas da Câmara sem aumentar o custo. “O projeto não cria cargos e nem vencimentos, não envolve dinheiro, pelo contrário. Apenas a mesa-diretora vai ter mais um vice-presidente e secretário. O vereador que vai ocupar já recebe o salário dele, sem ganhar mais nada. Mas ele vai fazer parte da mesa e vai decidir as coisas”, explica.

O documento cria a função do vice-presidente na mesa diretora e coloca duas cadeiras na Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ) e na Comissão de Finanças, o que também provoca o aumento de membros da Comissão Mista. “Isso tudo aumenta a participação de outros vereadores na Casa. Chegamos a um ponto de muita união neste momento e todos estão satisfeitos com a proposta”, pondera.

Sem moeda de troca

Apesar de insinuações em torno de possíveis ‘toma-lá-dá-cá’ entre a Câmara dos Vereadores e o Paço Municipal, Lopes garante que a medida partiu dos próprios parlamentares fomentando a união da casa. “Esse jogo a Câmara não quer em hipótese alguma. Por isso construímos essa hegemonia, união e aproximação. Nesse ponto devemos respeitar o prefeito Rogério Cruz que nenhum momento teve essa postura. Hoje não tem barganha, o Paço não interfere, não tem nada. Hoje estamos construindo uma hegemonia de 34 vereadores unidos”, pondera.

O pedetista também destaca que não há, no momento, debate em torno da reeleição do presidente Romário Policarpo (PATRI). “Isso não está sendo debatido. Existe uma união com os vereadores, coisa que há muito tempo não acontece. Existe um entendimento dos vereadores que a casa tem que estar unida em todos os sentidos”, destaca.

Kitão questiona legalidade

Ao Diário de Goiás, o único parlamentar a votar contra o projeto questiona sua legalidade. “É uma antecipação sem fundamento jurídico. Inoportuna! Estamos no meio do debate do novo código tributário”, destacou.


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